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Médio Oriente: Israel verifica se “eliminou” líder do Hamas numa operação em Gaza

“Durante as operações do exército na Faixa de Gaza, três terroristas foram eliminados”, declarou o exército em comunicado. Entre as vítimas mortais poderá estar Yahya Sinouar.
Orçamento da defesa: 15,6 mil milhões de dólares
17 Outubro 2024, 14h41

O exército israelita anunciou hoje que está a “verificar” se o líder do movimento islamita Hamas, Yahya Sinouar, tinha sido “eliminado” durante uma operação na Faixa de Gaza.

“Durante as operações do exército na Faixa de Gaza, três terroristas foram eliminados”, declarou o exército em comunicado.

As forças israelitas estão a “verificar a possibilidade de um dos terroristas ser Yahya Sinouar”, e “nesta fase, as identidades dos terroristas não podem ser confirmadas”, acrescentou o comunicado.

O anúncio surge pouco depois de o exército ter anunciado o bombardeamento de uma escola no campo de refugiados de Jabalia, no norte do enclave, alegadamente utilizada como “centro de comando e controlo” dos movimentos islamitas Jihad Islâmica e Hamas, num ataque que já fez pelo menos 28 mortos e 150 feridos, segundo o gabinete de imprensa do governo do Hamas.

O líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinouar, assumiu igualmente as rédeas do gabinete político do grupo islamita a 06 de agosto, após o assassinato de Ismail Haniyeh em Teerão, num atentado atribuído a Israel.

Sinuoar, que passou 22 anos numa prisão israelita até ser libertado em 2011, durante a troca de mais de mil prisioneiros palestinianos pelo soldado israelita Gilad Shalit, detido em Gaza, foi descrito por aqueles que o interrogaram como uma pessoa “extremamente inteligente”.

Desde o início da guerra em Gaza, há mais de um ano, o seu paradeiro é praticamente desconhecido para Israel, que previu que o líder do Hamas estaria nos túneis, perto de alguns dos cerca de 100 reféns ainda detidos no enclave como proteção.

Nascido em Khan Yunis, um bastião do apoio palestiniano à organização Irmandade Muçulmana, Sinouar foi detido pela primeira vez por Israel em 1982, com 19 anos, por “atividades islâmicas”, altura em que ganhou a confiança do fundador do Hamas, o xeque Ahmed Yassin.

Dois anos depois da fundação do Hamas, em 1987, Sinwar criou a temida divisão de segurança interna do grupo, a al-Majd, guardiã da “moral islâmica” e que atuava contra qualquer suspeito de colaborar com Israel.

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