A líder e deputada do PAN Madeira, Mónica Freitas, criticou o “braço de ferro” partidário que existe relativamente às audições, no Parlamento da Região, sobre os incêndios que deflagraram em agosto. Face a isto, Mónica Freitas acabou por abdicar do seu tempo esta manhã no âmbito do debate potestativo proposto pelo Juntos Pelo Povo (JPP) sobre os incêndios, por “não alinhar” em braços de ferro, tendo usado do seu tempo para referir que iria remeter as questões para a reunião da tarde no âmbito da Comissão de Inquérito criada para o efeito, e onde estão representados de igual forma todos os partidos com assento parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira.
“Temos vários pontos na ordem de trabalhos da Assembleia por discutir, e perdeu-se uma manhã num debate potestativo quando já está formada uma Comissão de Inquérito para esse mesmo fim. A Comissão de Inquérito foi proposta pelo PS antes desta iniciativa do JPP, já estão agendadas várias audições para ouvir diferentes figuras intervenientes nesta situação para apuramento de responsabilidades, não havia necessidade de haver um debate com a mesma pessoa que será ouvida esta tarde”, disse Mónica Freitas.
Para a força partidária esta situação deve-se a “braços de ferro” entre forças políticas nomeadamente entre JPP e o PS, “fazendo com que a Assembleia tivesse uma amanhã e uma tarde a ouvir o mesmo interveniente, neste caso, o secretário regional da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, sobre o mesmo tema e com o mesmo objetivo”.
Mónica Freitas salientou que a proposta aprovada de metodologia de trabalho da Comissão de Inquérito, definiu que as audições sendo públicas, decorrem em sede de plenário e abertas à comunicação social, “é uma clara sobreposição numa luta de egos que não beneficia os madeirenses. Os partidos têm o dever de fiscalizar o trabalho governativo e o Governo tem o dever de prestar os devidos esclarecimentos, e não abdicando dos direitos consagrados no regimento, também deve reinar o bom senso”.
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