Atividade turística mantém a trajetória de crescimento em setembro, mas volta a dar sinais de abrandamento, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quinta-feira, 31 de outubro.
De acordo com os dados, o setor do alojamento turístico regista 3,3 milhões de hóspedes e 8,4 milhões de dormidas em setembro de 2024, o que representa um acréscimo de 2,8% e 2,4%, respetivamente face ao período homólogo de 2023.
Face a Agosto verifica-se um crescimento de 5,9% nos hóspedes e de 3,9% nas dormidas.
Nas dormidas de residentes, o INE assinala um ligeiro decréscimo de 0,3%, correspondendo a 2,3 milhões, enquanto as dos não residentes crescem 3,5%, totalizando 6,1 milhões.
O Reino Unido continua a ser o principal mercado externo emissor, com uma quota de 19,8% e um ligeiro crescimento de 0,2% em setembro. A Alemanha tem um peso de 11,9%, mas decresce 1,9%. No top 10 dos principais mercados emissores em setembro, destacam-se o Canadá e os Estados Unidos, com crescimentos de 14,6% e 13,5%, respetivamente.
Em sentido contrário, são de assinalar os decréscimos registados pelos mercados brasileiro (-5,9%) e francês (-1,5%).
“Todas as regiões registaram acréscimo de dormidas”, salienta o INE. Os maiores aumentos registam-se na Região Autónoma dos Açores (+9,0%), Centro (+6,2%) e Norte (+4,6%). Tanto a Região Autónoma da Madeira como o Algarve apresentam aumentos mais modestos: 0,1% e 0,9%, respetivamente.
A ocupação nos estabelecimentos de alojamento turístico atinge, em setembro, 57,5% e 69,7% nas taxas líquidas de ocupação-cama e ocupação-quarto, respetivamente (-0,2 p.p. e +0,3 p.p., pela mesma ordem).
O INE revela também dados referentes ao terceiro trimestre do ano. Entre julho e setembro, as dormidas sobem 3,0% (+2,9% do que no segundo trimestre).
Em concreto verifica-se um crescimento de 1,1% nas dormidas de residentes. No segundo trimestre tinham caído -0,7%. Nas dormidas de não residentes, o crescimento é maior: 3,9% (+4,3% no trimestre anterior).
Segundo o INE, desde o início do ano, verifica-se um aumento de 3,9% nas dormidas. Para este desempenho contribuem acréscimos de 1,3% nos residentes e 5,0% nos não residentes.
De referir ainda que em setembro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,59 noites) continuou a diminuir 0,4% (-2,0% em agosto). Os valores mais elevados deste indicador observam-se na Madeira (4,68 noites) e no Algarve (3,99 noites), sendo as estadias mais curtas no Centro (1,78 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,81 noites).
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