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Contribuições para o FdR? “É como não ir à festa e receber uma conta para pagar”, diz CEO do BPI

A proposta do Banco de Portugal para um aumento da taxa das contribuições adicionais que os bancos pagam para o Fundo de Resolução em 2025 mereceu a crítica do CEO do BPI, João Pedro Oliveira e Costa.
31 Outubro 2024, 12h34

O Banco de Portugal propôs que a taxa das contribuições adicionais que os bancos pagam para o Fundo de Resolução seja aumentada em 2025. Uma subida que é criticada pelo CEO do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, no dia em que o banco anunciou um aumento de 14% dos lucros para 444 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.

Estas contribuições “é o mesmo que não ir à festa, estar em casa e de repente alguém diz que tem uma conta para pagar”, disse o banqueiro na conferência de imprensa. “Vir agora em qualquer circunstância alterar ou solicitar mais qualquer coisa… Já não gostei de ter pago o jantar a que não fui e ainda apresentam alterações à fatura. É complicado”, acrescentou

“Alguns dos nossos concorrentes também participaram no jantar, mas eu não”, referiu ainda, notando que “não é algo que tenha feito parte da nossa responsabilidade”. As contribuições para o Fundo de Resolução foram criadas enquanto mecanismo para financiar eventuais medidas de resolução bancária.

A proposta do Banco de Portugal passa por aumentar a taxa de 0,032%, aplicada em 2024, para 0,049% no próximo ano. Esta taxa incide sobre a base de cálculo das contribuições periódicas adicionais que os bancos têm de pagar para o Fundo de Resolução. O regulador estima que as contribuições adicionais em 2025 possam totalizar perto de 63 milhões de euros.

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