A portuguesa Faber lança esta segunda-feira o seu fundo Faber Tech III, que visa apoiar startups em fase pre-seed e seed focadas em áreas como ciência aplicada e transformação digital, nomeadamente IA vertical, governança de IA, robótica, bioquímica computacional, infraestrutura de dados e novos métodos de computação.
O fundo teve um primeiro closing de 31 milhões de euros, sendo ancorado pelo Fundo Europeu de Investimento e tendo a participação do NATO Innovation Fund, além de outras empresas. Com outros compromissos, o fundo soma mais de 40 milhões de euros, sendo o objetivo atingir os 60 milhões de euros.
Este Faber Tech III vai aplicar-se em projetos por toda a Península Ibérica e sul da Europa. Ainda assim, poderá ter “investimentos pontuais no resto da Europa e, ocasionalmente, fora do continente”. Em comunicado, a Faber releva estarem garantidos “três investimentos iniciais em empresas de Portugal, Espanha e Países Baixos, que desenvolvem tecnologias de ponta em áreas como chips fotónicos, design de chips analógicos e biologia sintética”.
Alexandre Barbosa, managing partner da Farber, indica que o fundo agora lançado “representa o nosso compromisso contínuo em apoiar fundadores resilientes e movidos pela ciência, ajudando-os a semear o futuro da inovação na Europa”. “A nossa abordagem especializada, combinada com o apoio dos nossos partners, posiciona-nos como o parceiro preferencial para deep tech em fase de seed no sul da Europa”, comenta.
“À medida que as nossas economias e sociedades avançam na transição digital, é fundamental que empreendedores talentosos, que trabalham na próxima geração de ferramentas digitais, tenham o apoio de que precisam”, Refere Marjut Falkstedt, CEO do Fundo Europeu de Investimento (EIF). “É por isso que estamos muito satisfeitos por renovar a parceria com a Faber, confiantes na sua capacidade de identificar e apoiar os campeões da deep tech do futuro, desde as fases iniciais, impulsionando tanto a transformação digital como a competitividade europeia”.
Por sua vez, Chris O’Connor, managing partner do NATO Innovation Fund, diz que “manter a vantagem tecnológica da Europa é fundamental para garantir a segurança e resiliência da região” e que o fundo da Caixa Capital mantém o seu apoio à Faber por ter “um historial de ligação entre empreendedores na Península Ibérica e as oportunidades necessárias para explorar o potencial de crescimento das suas tecnologias”.
“O investimento da Caixa Capital na Faber Tech III reforça o nosso compromisso em apoiar o ecossistema de capital de risco em Portugal”, destaca Pedro Rangel, CEO da Caixa Capital, no mesmo comunicado. “Acreditamos que a Faber está profundamente comprometida com a comunidade de fundadores e investidores e que, ao longo dos anos, construiu uma forte rede de parceiros internacionais, posicionando-se de forma sólida para promover o crescimento e a criação de valor”.
Na missiva, a Faber indica que a estratégia de investimento em deep tech já lhe valeu várias startups (e unicórnios) quererem ser apoiadas por si. Exemplo disso é ter apoiado empreendedores por trás de startups como Sword Health, Smartex, Mitiga, Luminate Medical, Abtrace, Unbabel e Codacy.
A Faber liderou 70% dos seus investimentos em estado inicial em vários mercados europeus, o que faz com que mantenha este mercado debaixo de olho. O seu portfólio de investimento é composto, maioritariamente, por empresas de hard tech, que se encontram a desenvolver novas integrações de hardware e software.
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