A sessão da manhã nos mercados chineses ficou marcada pela disparidade entre as perdas em Hong Kong e a recuperação nas praças financeiras da China continental, à medida que eram conhecidos os primeiros resultados das eleições norte-americanas.
A meio da sessão, o índice de referência da Bolsa de Valores de Hong Kong, o Hang Seng, caiu 2,61%, com particular impacto na tecnologia, um dos setores mais afetados pelo deteriorar da relação entre Pequim e Washington, cujo índice desceu 3,03%.
As bolsas de Xangai e Shenzhen subiram 0,16% e 0,31%, respetivamente, durante a manhã.
No entanto, o índice CSI 300, que reúne as 300 principais ações destas duas praças, permaneceu praticamente igual, registando uma ligeira descida de 0,02%.
Embora a China esteja a acompanhar de perto as eleições, os analistas acreditam que o sentimento em Pequim é de que, seja quem for o vencedor, Washington manterá uma política de “contenção” em relação ao país asiático, com novas restrições na tecnologia e comércio.
Alguns especialistas sublinharam também que, caso Trump regresse à Casa Branca, a dimensão do pacote de estímulo fiscal que está a ser negociado pelos legisladores chineses esta semana pode ser até 20% maior do que se Harris ganhar.
O ex-presidente, que iniciou uma guerra comercial contra a China em 2018, prometeu impor taxas alfandegárias de 60% sobre as importações do país asiático.
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