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Bolsas europeias começam a recuperar das quedas pós-eleições americanas

Em Lisboa, o PSI avança 0,50% para os 6.365,81 pontos. Mesmo a EDP Renováveis, que na quarta-feira afundou mais de 10%, está a valorizar cerca de 0,10% no início desta manhã.
PSI bolsa de Lisboa mercados
7 Novembro 2024, 08h31

A nuvem negra que se pairou sobre a Europa após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas parece estar a dissipar-se. A bolsa de Lisboa abriu a sessão desta quinta-feira em terreno positivo, em linha com o sentimento que vive na maioria das praças da Europa. O PSI começou o dia a verde e, cerca de 15 minutos depois do arranque das negociações, estava a subir 0,50% para os 6.365,81 pontos.

Mesmo a EDP Renováveis, que ontem afundou mais de 10%, está a subir 0,17% para 11,30 euros. A casa-mãe, EDP, avança 0,63% para 3,34 euros.

No resto da Europa, observa-se a mesma tendência de valorizações. O alemão DAX está a subir 1,13%, o francês CAC 40 encontra-se na linha d’água (-0,02%), o neerlandês AEX a somar 0,33%, o italiano FTSE MIB a crescer 0,99%, o britânico FTSE 100 a subir 0,15% e o Euro Stoxx 50 com uma valorização de 0,62%.

Destaque para o espanhol IBEX 35, onde os títulos da Telefónica caem 0,58% para 4,26 euros, pouco depois de a empresa de telecomunicações apresentar lucros de 989 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2024, o que representa uma queda de 21,7% em termos homólogos. No geral, o principal índice de nuestros hermanos, avança 0,25%.

Quanto às matérias-primas, o preço do ouro negro está a subir mais de 1%, embora se mantenha abaixo dos 80 dólares por barril. O valor do WTI, produzido no Texas, desce 1,69% para os 75,84 dólares por barril, enquanto a cotação do barril de Brent desvaloriza 1,59% para os 79,71 dólares.

“Com a Fed preparada para um corte de 25 pontos base nas taxas de juro hoje, os mercados estão a ajustar-se a uma trajetória de flexibilização destinada a apoiar o crescimento num contexto de expansão fiscal. Isto geralmente beneficia ativos sem rendimento como o ouro, mas a recente força do dólar cria uma pressão de contrapeso sobre os preços do ouro. Uma vez que o ouro tende a correlacionar-se inversamente com o dólar norte-americano, um dólar forte poderá limitar a valorização do ouro no curto prazo, reflectindo a atual retração observada na ação do preço”, explica o analista Ahmad Assiri, da Pepperstone, em research publicada esta manhã.

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