A “recomposição do PIB português” no sentido do aumento das exportações de bens industriais em detrimento de um foco excessivo, como sucede agora, na exportação de serviços ligados ao setor do turismo – a que deve acrescentar-se a alavancagem do consumo interno – é a ‘receita’ que emana de um extenso estudo do Departamento de Estudos e Estratégia da Associação Empresarial de Portugal (AEP), a que o JE teve acesso.
Com mais de 160 páginas, o estudo evidencia que “nas duas primeiras décadas pré-pandemia, a economia portuguesa cresceu muito pouco (não chegou sequer a 1%, em média anual), e abaixo da média europeia. Embora nos últimos anos, tenha crescido acima da média da União Europeia, o que significa que estamos a convergir para o nível de vida médio da UE, posicionamo-nos ainda longe do patamar dos países europeus mais desenvolvidos (em PIB per capita em paridade de poder de compra). É “objetivamente evidente a necessidade de atuar sobre a recomposição do PIB português”.
Para a AEP, “é certo que o consumo, a componente da procura interna com maior peso no PIB, tem um papel de ‘amortecedor’ num contexto de abrandamento da procura externa dirigida à economia portuguesa, com implicações diretas na dinâmica do PIB. Porém, não é suficiente, importa reforçar o peso das componentes investimento e exportações, os principais drivers com vista a assegurar um crescimento mais robusto, sustentado e sustentável da economia portuguesa, potenciando a inovação, o aumento da produtividade e a competitividade do país, dentro e fora de portas”.
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