Os custos das empresas com os seguros de saúde dos seus colaboradores devem aumentar 10% no próximo ano, em linha com o crescimento médio a nível global, mas acima da média europeia (8,9%).
“Este cenário está alinhado com as tendências globais que apontam para uma pressão contínua sobre os seguros de saúde corporativos”, de acordo com as conclusões de um estudo da Aon, o “2025 Global Medical Trend Rates Report“, divulgado esta segunda-feira.
Na análise anual, refere, os “custos associados aos seguros de saúde disponibilizados pelas empresas em Portugal aos seus colaboradores registam uma tendência estável de crescimento, mantendo-se nos 10% face ao período homólogo”, acima da estimativa do FMI para a inflação no país, de 2%. Em termos globais, acrescenta, a “tendência mundial sofre uma ligeira diminuição do crescimento, de apenas uma décima (previsão de 10% em 2025, face a 10,1% em 2024)”.
As regiões da Ásia-Pacífico e do Médio Oriente registam variações mais acentuadas – 11,1% e 15,5%, respetivamente. Em contraste, a Europa e a região da América Latina e Caraíbas deverão apresentar uma tendência de ligeira desaceleração.
“O aumento sustentado dos custos com os seguros de saúde é uma realidade que exige que as empresas procurem medidas para mitigar este impacto”, afirma João Dias, Health Solutions Manager da Aon Portugal, numa altura em que as “iniciativas de prevenção e bem-estar estão a ganhar cada vez mais espaço no desenvolvimento de programas de assistência ao colaborador, nomeadamente check-ups regulares, programas de nutrição e gestão do stress, entre outras”.
“Além disso, os planos de benefícios flexíveis que as organizações estão a implementar são vistos como uma solução eficaz para controlar os custos e, ao mesmo tempo, oferecer pacotes de benefícios personalizados e mais adequados às necessidades específicas de cada colaborador”, acrescenta.
As coberturas nos seguros de saúde mais procuradas são hospitalização, consultas e exames, estomatologia e oftalmologia, em linha com o que se verificou no ano passado, revela o estudo, mostrando ainda que as patologias que mais têm contribuído para o aumento dos custos dos seguros de saúde são as doenças oncológicas e as patologias cardiovasculares.
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