Do Dubai para Baku, as 198 partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, incluindo a União Europeia (UE), voltam a reunir-se para a ronda de negociações anual, com promessas, compromissos e respostas multilaterais. Já apelidada “COP das finanças”, da 29.ª edição da cimeira do clima espera-se que saia um acordo global de financiamento climático.
“Temos de chegar a acordo sobre um novo objetivo global de financiamento para o clima”, afirmou Simon Stiell, secretário-executivo da ONU para o Clima, no discurso inaugural da cimeira.
“Se pelo menos dois terços das nações do mundo não conseguirem reduzir rapidamente as emissões, todas as nações pagarão um preço brutal. Se as nações não conseguirem criar resiliência nas cadeias de abastecimento, toda a economia global ficará de rastos. Nenhum país está imune”, alertou o político natural da ilha caribenha de Granada.
“Por isso, deixemos de lado a ideia de que o financiamento do clima é caridade. Um novo e ambicioso objetivo de financiamento do clima é inteiramente do interesse de todas as nações, incluindo as maiores e mais ricas. […]. Temos de nos esforçar mais para reformar o sistema financeiro mundial. Dar aos países o espaço fiscal de que tão desesperadamente necessitam. E aqui em Baku, temos de pôr os mercados internacionais de carbono a funcionar, finalizando o artigo 6º. Temos de avançar em matéria de mitigação, para que os objetivos do Dubai sejam cumpridos”, continuou Stiell.
Do lado de Portugal, foi já acordado um contributo total de 68,5 milhões de euros para os compromissos de financiamento climático internacional, com parte desse valor usado na conversão da dívida de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, de acordo com uma atualização feita esta segunda-feira pelo Ministério do Ambiente e Energia (MAE).
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