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DBRS: Banca europeia deve manter bom desempenho em 2025 apesar do cortes de juros

A DBRS estima que a maior pressão sobre as receitas proveniente da descida dos juros pode acelerar os movimentos de consolidação entre os bancos europeus. Os analistas esperam que Portugal seja um dos países a registar as maiores quebras na margem financeira em 2025.
13 Novembro 2024, 10h58

A descida das taxas de juro já começa a ter impacto nas contas dos bancos, pressionando a margem financeira.  Ainda assim, a DBRS espera que o setor bancário europeu consiga compensar este efeito da descida das taxas de juro, mantendo os bons resultados no próximo ano.

“Esperamos que os bancos europeus mantenham o bom desempenho durante 2025”, ainda que “abaixo dos níveis excecionais de 2023 e 2024”, com a “descida da margem financeira [provocada pelo corte dos juros] a ser parcialmente compensada pelo crescimento da concessão de empréstimos”, escrevem os analistas da DBRS numa nota divulgada esta quarta-feira.

Na sua perspetiva, “Portugal, Grécia e Irlanda serão os países que vão registar as maiores descidas homólogas da margem financeira em 2025”.

Por outro lado, a “qualidade dos ativos [da banca europeia] deve deteriorar-se apenas ligeiramente, uma vez que a quebra em alguns setores empresariais será compensada por melhores perspetivas económicas e descida das taxas de juro”. A inversão da política monetária do Banco Central Europeu também vai ajudar as famílias, a par dos aumentos dos salários, acrescentam.

“Os bancos europeus vão entrar em 2025 bem capitalizados, beneficiando da forte geração de capital em 2024”, frisam ainda os analistas da DBRS, prevendo uma aceleração dos movimentos de consolidação na Europa perante a maior pressão sobre a margem devido à descida dos juros.

“Considerando a pressão sobre as receitas, num cenário de descida das taxas de juro, a consolidação no setor bancário europeu pode ganhar tração. Na nossa perspetiva, os negócios transfronteiriços em grande escala continuarão a ser a exceção, com as parcerias e aquisições complementares a serem a principal escolha”, concluem.

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