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Lisboa continua a ser a cidade portuguesa mais cara para comprar ou arrendar casa

A tendência de subida dos preços na capital portuguesa deverá manter-se no segundo semestre de 2024. A cidade do Porto destaca-se pelo seu rápido crescimento no mercado de vendas e de arrendamento, mas Lisboa continua a ser a cidade mais cara em termos de preços médios por metro quadrado.
14 Novembro 2024, 18h17

O mercado imobiliário em Portugal continua a expandir-se, conforme revela o mais recente relatório da MVGM, focado na evolução do setor na península ibérica. O “H1 Iberia Real Estate Market Report” indica que os preços de venda e arrendamento em Lisboa estão a subir novamente, impulsionados pela elevada procura frente a uma oferta reduzida.

Nos primeiros seis meses de 2024, o mercado residencial registou um aumento nas vendas e arrendamentos, com Lisboa a apresentar preços médios de arrendamento de 19,2 euros por metro quadrado, comparados a 15,3 euros no Porto. Enquanto Lisboa viu um aumento trimestral de 0,3% e anual de 5,3% nos preços, o Porto enfrenta uma ligeira descida nas rendas.

Ana Luísa Santos, Head of Residencial da MVGM em Portugal, salientou que a tendência de subida dos preços dos imóveis se mantém, reforçando a importância de medidas estatais que facilitem o financiamento para a compra de habitação.

A recente descida das taxas de juro, observada em junho, facilitou o acesso ao crédito à habitação, resultando em 33.350 imóveis vendidos no segundo trimestre, um aumento de 4,9% em relação ao trimestre anterior. Apesar disso, os preços dos imóveis continuam a subir, com um aumento de 7,7% em agosto em comparação com o ano anterior.

A MVGM destaca que é crucial atrair investimento para a construção de novos imóveis, uma vez que o índice de atratividade “Build-to-Rent” em Portugal é considerado negativo. Embora haja um aumento em projetos de habitação flexível, estes são vistos como soluções temporárias e não resolvem o problema subjacente da escassez de oferta.

Os investidores institucionais estão a explorar o desenvolvimento de habitações para arrendamento, mas enfrentam desafios para garantir lucros estáveis. A descida das taxas de juro poderá beneficiar a valorização destes projetos, dependendo da nova regulamentação em vigor. O Flex Living está a emergir como uma oportunidade de investimento promissora, redefinindo o mercado imobiliário português, destaca o mesmo relatório.

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