Questionado sobre qual seria a reação do líder da oposição Luís Montenegro à morte de onze pessoas alegadamente influenciada por problemas de atendimento no INEM, o primeiro-ministro sublinhou que “é preciso apurar-se responsabilidades e que o sistema de saúde não estava a corresponder.
Luis Montenegro, President of the Social Democratic Party, the main opposition in Portugal, gestures during an interview with Reuters, in Lisbon, Portugal, December 5, 2023. REUTERS/Pedro Nunes/ File Photo
O primeiro-ministro Luís Montenegro disse esta segunda-feira, no evento CNN International Summit, que houve vários aspetos relacionados com o caso do INEM que lhe causaram várias perplexidades.
“Tenho que ser comedido mas houve várias coisas que me causaram perplexidade. Até porque quem convocou a greve disse que não haveria nenhuma consequência em relação ao que era essencial e em relação a serviços mínimos”, destacou.
Questionado sobre qual seria a reação do líder da oposição Luís Montenegro à morte de onze pessoas alegadamente influenciada por problemas de atendimento no INEM, o primeiro-ministro sublinhou que “é preciso apurar-se responsabilidades e que o sistema de saúde não estava a corresponder e pedir responsabilidades políticas”.
“Na questão do INEM, não se consegue mudar as coisas de um dia para o outro. espero que o sistema possa utilizar outros mecanismos como a inteligência artificial, por exemplo”, realçou o chefe de Governo.
Luís Montenegro terminou referindo que “se houver responsabilidades políticas, têm que ser assumidas até pelo próprio primeiro-ministro mas isso não significa demitir-me. Não são as demissões que resolvem os problemas”.
Pelo menos 11 pessoas terão morrido no início deste mês em consequência dos atrasos no atendimento pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes do INEM.