[weglot_switcher]

Quase 40 mil habitações transacionadas: venda de casas subiu 10% no terceiro trimestre

No terceiro trimestre de 2024 foram vendidas 39.600 habitações em Portugal Continental, em relação às 32.800 casas transacionadas no último trimestre do ano passado. “Comportamento dos preços dá eco à retoma nas vendas”, destaca especialista.
Avaliação das casas
26 Novembro 2024, 12h33

No terceiro trimestre de 2024 foram vendidas 39.600 habitações em Portugal Continental, o que significou um aumento de 10% (35.900 imóveis) em relação aos três meses anteriores, ficando 21% acima do observado no último trimestre do ano passado, quando se transacionaram 32.800 casas, de acordo com os dados do Sistema de Informação Residencial (SIR) da Confidencial Imobiliário (CI) divulgados esta terça-feira.

A subida dos preços de venda das casas também acelerou de forma evidente nos últimos três meses, levando a valorização homóloga dos 7,5% em julho para os 11,5% em outubro. O preço médio de venda da habitação em Portugal atingiu os 2.492 euros/m2, subiu para 3.518 euros/m2 nas casas novas e cresceu para os 2.348 euros/m2 nas existentes.

Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, refere que “o comportamento dos preços dá eco à retoma nas vendas num contexto que permanece bastante pressionado pela falta de oferta. As transações regressaram a terreno positivo e já acumulam dois trimestres consecutivos de recuperação, a qual reposiciona a atividade do mercado nos níveis observados no final de 2019, ano anterior à sucessão de choques como a pandemia ou o aumento dos juros”.

Valor das rendas subiu 28% nos últimos 12 meses

No segmento de arredamento verificou-se um aumento na renda média de 28% em comparação com novembro do ano passado, com as rendas a verificarem uma subida de 350 euros. Em relação ao mês anterior, houve uma ligeira estabilização passando de 1.500 euros para os 1.600 euros (+7%), segundo os dados do portal Imovirtual.

Os distritos com maior aumento da renda média em novembro face ao mês anterior foram Viseu, com +27% (670 euros para 854 euros), Viana do Castelo com +18% (950 euros para 1.125 euros), Beja com +17% (750 euros para 875 euros) e Braga com +15% (1.000 euros para 1.150 euros).

Em contrapartida, os distritos que registaram as maiores descidas da renda média em novembro comparativamente com outubro foram Vila Real com -22% (575 euros para 450 euros) e Coimbra: -7% (750 euros para 700 euros).

Face a novembro do ano passado, os distritos que registaram o maior aumento da renda média foram Viseu com +55% (550 euros para 854 euros), Setúbal com +50% (1.100 euros para 1.650 euros), Beja com +43% (610 euros para 875 euros) e Viana do Castelo com + 42% (790 euros para 1.125 euros)

Em sentido inverso, as diminuições mais significativas nos preços médios de arrendamento verificaram-se nos distritos da Guarda com -40% (500 euros para 300 euros), Vila Real com -18% (550 euros para 450 euros) e Leiria com -3% (825 euros para 800 euros).

Os distritos mais baratos para arrendar casa em novembro foram Guarda (300 euros), Bragança (400 euros), Vila Real (450 euros) e Castelo Branco (550 euros).

Lisboa continua a ser o distrito mais caro para arrendar casa (2.050 euros), seguindo-se Setúbal (1.650 euros), Ilha da Madeira (1.500 euros), Porto (1.200 euros), Braga (1.150 euros) e Faro (1.000 euros).

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.