A bolsa de Lisboa está a mostrar um sentimento negativo na sessão desta terça-feira, com o PSI a recuar 0,51%, até aos 6.405 pontos. O índice acompanha o desempenho das mais importantes praças europeias, penalizadas pelas novas taxas anunciadas por Donald Trump às importações dos EUA.
Destaque para as quedas no grupo EDP, já que as ações da cotada com o mesmo nome 1,22% para 3,472 euros, ao mesmo tempo que a parceira EDP Renováveis cai 1,43%, até aos 11,05 euros. A Mota-Engil está a contrair 1,39% e fica-se pelos 2,56 euros, enquanto o BCP perde 1,14% para 0,442 euros.
Em sentido contrário estão os títulos da Jerónimo Martins, que sobem 1,51% e alcançam os 18,10 euros.
Entre os principais índices europeus, Espanha é o que mais tomba, na ordem de 0,89%. Seguem-se descidas de 0,47% no índice agregado Euro Stoxx 50, 0,45% em Itália, 0,35% em França, 0,33% na Alemanha e 0,19% no Reino Unido.
No mercado de futuros, os de Brent estão a subir 0,98% para 73,19 dólares por barril, ao mesmo tempo que os do crude se adiantam 1,04% até aos 69,66 dólares por barril.
No mercado cambial, o euro está a avançar 0,24% face ao dólar, pelo que um euro está a ser negociado 1,0520 dólares.
“É uma terça-feira marcada pelo ambiente de guerra de tarifas, depois de Donald Trump ter prometido a introdução de tarifas adicionais de 10% a importações vindas da China e de 25% sobre todos os produtos do México e Canadá”, esclarece a análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.
“Ainda que as quedas sejam transversais à generalidade dos setores, entre os mais castigados estão o Automóvel, onde a Stellantis tomba mais de 4%, o de Recursos Naturais acusa a, pela sua exposição ao continente asiático, e a Banca, em especial os bancos espanhóis, como BBVA, Santander e Sabadell, pela sua exposição ao México”, apontam os analistas.
“A União Europeia também está a propor sancionar diversas empresas chinesas que estão a ajudar empresas russas a desenvolverem drones, o que também tem impacto, incluindo em setores como o de bens de luxo ou de bebidas espirituosas”, pode ler-se.
“Em Portugal a Jerónimo Martins acompanha o ambiente positivo no retalho da Polónia, de onde vem a maior parte das suas receitas, depois da revelação de que as vendas a retalho no país aumentaram mais que o previsto em outubro”, salientam os mesmos analistas.
“Logo pelas 19 horas de Lisboa as atas da última reunião da Fed, podem mostrar opiniões dos vários membros do banco central americano para o futuro das taxas de juro”, acrescenta-se.
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