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Microsoft alvo de investigação nos EUA por questões concorrenciais

O regulador norte-americano abriu um processo de investigação à Microsoft por questões concorrenciais, depois de ouvir parceiros e empresas concorrentes durante um ano.
Microsoft
A man stands inside the Microsoft Experience Center in New York City, U.S., January 18, 2023. REUTERS/Shannon Stapleton
28 Novembro 2024, 09h10

Mais um dia, mais uma tecnológica a ser alvo de investigação. Desta vez, a Microsoft é a visada numa investigação da Comissão Federal do Comércio dos EUA, que abriu um processo abrangente por questões concorrenciais.

A investigação do regulador norte-americano incide sobre diversas áreas da empresa, nomeadamente a unidade de cloud, licenciamento de software, cibersegurança e produtos de Inteligência Artificial, segundo a “Bloomberg”.

A decisão, aponta a publicação, surge um ano depois da Comissão Federal do Comércio ter realizado contactos informais com concorrentes e parceiros comerciais da Microsoft. Agora, o regulador formalizou um pedido para a Microsoft entregar toda a informação relevante à investigação.

O escrutínio da Comissão, especialmente focado no segmento empresarial da cloud, ganhou força depois de vários incidentes de cibersegurança que envolveram produtos da Microsoft. O grande último incidente foi com o Grande Ecrã Azul da Morte, mesmo que a CrowdStrike tenha assumido culpas, sendo que o mais recente problema aconteceu esta semana e levou a que vários utilizadores dos produtos da Microsoft não conseguissem, durante várias horas, aceder ao Outlook e ao Teams.

A Microsoft, atualmente liderada por Satya Nadella, é um forte player para o governo dos Estados Unidos, uma vez que fornece milhares de milhões de dólares em software e serviços de cloud a várias agências governamentais, inclusivamente o Departamento da Defesa.

Os advogados do regulador vão agora encontrar-se com os concorrentes da tecnológica, de forma a recolher mais informações sobre práticas comerciais da empresa. O requerimento tem centenas de páginas e a investigação foi autorizada por Lina Khan, atual presidente da Comissão, que tem apresentado uma postura agressiva na regulação às Big Tech.

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