A inflação em Espanha foi especialmente penalizadora no preço dos alimentos com ênfase para o preço do azeite, um dos produtos alimentares mais afetado (e tão utilizado na cozinha mediterrânica) e que levou o Governo do país vizinho a avançar para algumas medidas para conter a subida do preço.
Com a faturação da venda de azeite a bater recordes em Espanha (1,6 mil milhões de euros em 2024, mais 14% do que no ano anterior) e os preços a caírem 40% desde janeiro, surgiu uma polémica a envolver o azeite espanhol com acusações da cooperativa (Dcoop) a dois dos maiores produtores do país: Asolliva e Anierac e um pedido de intervenção por parte das autoridades.
Ao jornal espanhol “El Economista”, o presidente da Dcoop, Antonio Luque, denunciou que alguns produtores estão a misturar azeite com bagaço de azeitona ou óleo de girassol de forma a baixar o preço do azeite. Ainda que não consiga apurar qual a percentagem de azeite fraudulento esteja a chegar ao mercado, este responsável insiste que “há muita gente a fazê-lo e ninguém na administração quer tomar medidas para o impedir”.
Ainda que este responsável diga que tem nomes que possam estar implicados nesta situação, não existem provas de que esta fraude esteja a ser cometida. No entanto, Antonio Luque pede às autoridades que atuem: “Ou alguém leva isto a sério ou teremos problemas. Estamos calados há 40 anos mas não vamos permitir que isto aconteça por muito mais tempo. Algo deve ser feito já porque não há controlo”.
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