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Construção da maior central eólica em Portugal arranca em 2025

Projeto implica um investimento de 350 milhões de euros e arranca no próximo ano. Espera-se a criação de até 3.500 postos de trabalho diretos.
9 Dezembro 2024, 14h37

A construção da maior central eólica em Portugal arranca em 2025, anunciou hoje o seu promotor, a Iberdrola. A central fica localizada nos distritos de Vila Real e Braga e vai implicar um investimento de 350 milhões de euros.
O projeto será híbrido e vai ficar integrado no Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET), com a companhia a dizer que é o “primeiro a combinar energia eólica e hídrica” em Portugal. Por ano, irá produzir 600 GWh de eletricidade, num total de 38 aerogeradores, com 7,2 MW cada.
“Demos um importante passo para iniciar a construção do maior parque eólico e o primeiro projeto de hibridização a combinar energia eólica e hídrica em Portugal. Este projeto é mais uma evidência da aposta da Iberdrola na promoção da transição energética em Portugal, onde conta já com um investimento em energias renováveis de mais de 2 mil milhões de euros ao longo dos últimos 20 anos. A aposta na eletrificação, através das energias renováveis, e o foco na inovação mostram o nosso compromisso com a construção de um futuro sustentável, fiável e acessível”, disse em comunicado Alejandra Reyna, Diretora-Geral da Iberdrola Renováveis Portugal.
Pelo facto de ser um projeto híbrido, “reduz significativamente o impacto ambiental por fazer uso das infraestruturas, estradas e instalações existentes”.
“Em momentos de pico, contará com a criação de cerca de 700 empregos (nas áreas de engenharia civil, montagem de turbinas, subestações e linhas de transmissão) e fortalecerá a independência energética do país, representando um contributo significativo para alcançar as metas do Plano Nacional de Energia e Clima”, segundo a Iberdrola.
O Sistema Eletroprodutor do Tâmega implicou um investimento de mais de 1.500 milhões de euros, sendo composto por três barragens: a Central Hidroelétrica do Alto Tâmega, com uma capacidade instalada de 160 MW, a Central de Armazenamento por Bombagem de Gouvães (880 MW) e a Central Hidroelétrica de Daivões (118 MW), estas duas últimas em funcionamento desde 2022.
Com 1.160 MW, este projeto tem capacidade para abastecer as cidades de Braga e Guimarães, 440 lares, por ano. Com capacidade de armazenar 40 milhões de kWh, isto é o equivalente à energia consumida por 11 milhões de pessoas durante 24 horas nos seus lares. Por ano, elimina a emissão de 1,2 milhões de toneladas de CO2, o equivalente a retirar aproximadamente 260 mil automóveis a combustão das estradas por ano. E evita importar mais de 160 mil toneladas de petróleo por ano.
“O impacto positivo para a região permite fomentar a atividade económica e o emprego através da criação de até 3.500 postos de trabalho diretos e 10.000 indiretos ao longo da sua construção, 20% dos quais provenientes dos municípios vizinhos através de mais de 100 fornecedores”, segundo a empresa.
A Iberdrola avança que também está a apostar em fornecedores locais, como a CJR, Conduril ou Socorpena, que estarão envolvidos no desenvolvimentos das infraestruturas de base, enquanto a Painhas e a Proef vão contribuir para a construção da subestação e linhas elétricas.
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