Foram licenciados no terceiro trimestre 6,5 mil edifícios o que significou um aumento de 18,5% em termos homólogos e uma subida de 3,6% (5.479 edifícios) face ao trimestre anterior, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira.
Deste total, 75% correspondeu a construção nova, dos quais 81,4% tiveram como destino habitação familiar, enquanto os edifícios licenciados para demolição somaram 347 edifícios, correspondendo a 5,3% do total de edifícios licenciados.
No trimestre em análise, somente a Região Autónoma da Madeira registou uma diminuição no número de edifícios licenciados, com uma variação homóloga negativa de 16,5%.
Em sentido inverso, as restantes regiões do país apresentaram crescimentos expressivos face ao período homólogo com destaque para o Norte (+27,9%), o Oeste e Vale do Tejo (+27,2%), o Alentejo (+22,5%) e a Península de Setúbal (+20,6%).
O número de edifícios licenciados para construções novas aumentou 19% em relação ao terceiro trimestre de 2023 e uma subida de 5,1% face ao trimestre anterior. As obras de reabilitação também apresentaram uma evolução positiva, com um crescimento homólogo de 17,4% e um aumento de 5,5% em relação ao trimestre anterior.
Em relação ao licenciamento de edifícios para construção nova, apenas o Algarve registou umabdiminuição em relação ao trimestre homólogo, com um decréscimo de 11,2%. Todas as outras regiõesbapresentaram aumentos, destacando-se a Península de Setúbal (+26,0%), o Oeste e Vale do Tejo e a GrandebLisboa (ambas com + 24,4) e a região Norte (+23,3%), com crescimentos superiores a 20%.
No terceiro trimestre foram registados 8,8 mil fogos licenciados em construção nova para habitação familiar, um acréscimo de 11,6% face ao mesmo período de 2023 (+7,8% no segundo trimestre de 2024).
As regiões do Algarve e da Grande Lisboa foram as únicas a apresentar variações negativas neste indicador, com decréscimos de 8,5% e 7,0%, respetivamente. As restantes regiões observaram aumentos significativos, com destaque para o Alentejo (+122,4%), a Península de Setúbal (+77,7%) e a Região Autónoma da Madeira (+67,8%).
Na área total licenciada registou-se um crescimento expressivo de 71,7% face ao mesmo período do ano anterior (+3,4% no segundo trimestre de 2024).
A Região Autónoma dos Açores e o Algarve foram as únicas regiões com variações negativas, apresentando decréscimos de 11,9% e 8,1%, respetivamente. Entre as regiões com aumentos, destacou-se a Grande Lisboa, com um aumento expressivo de 351,2%.
Destaque para a região Norte com 37,9% dos edifícios licenciados, 37,9% das construções novas, 37,0% dos edifícios destinados à reabilitação e 43,3% dos fogos licenciados em construções novas para habitação familiar.
O Centro ocupou a segunda posição no licenciamento de edifícios (18,7%), nas construções novas (18,7%), nos edifícios destinados à reabilitação (17,8%) e no licenciamento de fogos em construções novas para habitação familiar (14,1%).
Em terceiro lugar destacou-se a Grande Lisboa, que contribuiu com 12,6% do total de edifícios licenciados, 13,1% dos fogos licenciados em construções novas para habitação familiar e 16,6% das obras licenciadas para reabilitação.
No que diz respeito às obras concluídas, os dados do INE apontam para uma estimativa de quatro mil edifícios incluindo construções novas, ampliações, alterações e reconstruções. Este número representa uma diminuição de 6,7% face ao trimestre homólogo (-6,2% no segundo trimestre de 2024).
As construções novas representaram 82,9% do total de edifícios concluídos, dos quais 80,9% se destinaram a habitação familiar. Apenas duas regiões registaram aumentos no número de edifícios concluídos: a Região Autónoma dos Açores (+5,6%) e o Norte (+0,8%).
As restantes regiões apresentaram decréscimos, com destaque para as maiores descidas no Alentejo (-20,6%), no Oeste e Vale do Tejo (-19,9%) e no Algarve (-18,7%). Em comparação com o terceiro trimestre de 2023, observou-se uma diminuição de 6,8% nas obras concluídas em construções novas.
A Região Autónoma dos Açores e a Grande Lisboa foram exceções, apresentando aumentos de +5,4% e +3,4%, respetivamente. As restantes regiões registaram decréscimos, sendo o Alentejo (-22,0%) e o Algarve (-20,5%) as que evidenciaram as maiores reduções.
As obras concluídas para reabilitação registaram uma redução de 5,8% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, após uma diminuição mais acentuada de 15,3% no segundo trimestre de 2024.
Apesar de uma descida geral, três regiões registaram aumentos: o Norte (+7,8%), a Península de Setúbal (+7,1%) e a Região Autónoma dos Açores (+6,1%). As restantes regiões apresentaram variações negativas, destacando-se as maiores reduções no Oeste e Vale do Tejo (-38,6%), na Grande Lisboa (-33,8%) e na Região Autónoma da Madeira (-29,0%).
No trimestre em análise, foram concluídos 5,9 mil fogos em construções novas para habitação familiar, o que representou um decréscimo de 1,3% em comparação com o mesmo período de 2023, sucedendo a um aumento de 12,3% no segundo trimestre de 2024.
Apenas quatro regiões registaram aumentos neste indicador: a Região Autónoma dos Açores (+43,0%), o Centro (+16,2%), a Grande Lisboa (+9,8%) e o Norte (+5,6%). As restantes regiões registaram diminuições, com destaque para a Região Autónoma da Madeira, que apresentou uma descida acentuada de 41,5%, após o aumento expressivo de 47,2% no trimestre anterior.
As regiões do Norte e Centro, em conjunto, foram responsáveis por 57,3% do total de edifícios concluídos e 59,7% do total de fogos concluídos em construções novas para habitação familiar. O Norte manteve-se na liderança, representando 39,1% dos edifícios concluídos e 44,4% dos fogos concluídos.
O Centro ocupou a segunda posição, com 18,2% dos edifícios concluídos e 15,3% dos fogos concluídos. Na terceira posição situou-se a Grande Lisboa, que contribuiu com 10,2% do total de edifícios concluídos e 11,9% dos fogos concluídos em construções novas para habitação familiar.
No mesmo período, a área total construída em Portugal registou uma diminuição de 4,6% face ao terceiro trimestre de 2023. Só três regiões registaram aumentos neste indicador: a Grande Lisboa (+10,9%), o Norte (+4,3%) e a Região Autónoma dos Açores (+4,0%). As restantes regiões apresentaram reduções, destacando-se o Alentejo (-50,1%), a Região Autónoma da Madeira (-30,1%) e o Algarve (-29,3%).
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