Ainda não conseguiu formar governo, mas o primeiro-ministro François Bayrou, já está a sentir a facilidade com que a oposição gere a sua agenda. À (extrema) direita e à esquerda, Bayrou foi informado de que, à partida, poderia contar com a chamada não-censura, mas tudo isso passou à história. O vice-presidente do Rassemblemente National (RN), Sébastien Chenu, ameaçou François Bayrou com censura se o primeiro-ministro “não levar em conta os erros que Michel Barnier cometeu, tanto em termos de forma como do mérito” na preparação do orçamento. Ou seja, o partido de Marine Le Pen e Jordan Bardella, que inicialmente passou um ‘cheque em branco’ a Bayrou, voltou atrás. A não ser que, disse ainda, “se nos ouvir, se aceitar propostas” do partido para poupar dinheiro e reduzir o défice público. Se François Bayrou “esteve atento aos erros, às incoerências de Michel Barnier e não os reproduzir, então poderá construir um orçamento”.
Também o centrista Les Republicains (LR) já se mostrou mais próximo de Bayrou que aquilo que alega atualmente. Bruno Retailleau, ministro do governo de Michel Barnier e membro destacado do partido, disse, citado pela imprensa francesa, que, neste momento, e enquanto decorrem negociações para a futura equipa governamental, “não sei se estão reunidas condições para eu continuar”. E insistiu: “não estão reunidas neste momento” as condições para a entrada da LR no próximo governo. “Só poderei permanecer no governo se conseguir levar a cabo a política que a maioria do povo francês quer para restaurar a autoridade, a firmeza, a ordem pública, nas ruas e nas nossas fronteiras”.
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