[weglot_switcher]

Volkswagen vai fechar duas fábricas na Alemanha

Empresa e sindicatos terão chegado hoje a acordo para reduzir custos em 4 mil milhões.
CEO da Volkswagen, Oliver Blume
20 Dezembro 2024, 17h06

A Volkswagen e os sindicatos alemães chegaram hoje a acordo para reduzir custos na empresa, revela hoje o “Handelsblatt”. As negociações duram desde setembro. No entanto, o acordo é provisório e ainda terá de ser homologado oficialmente. Mais pormenores deverão ser conhecidos ainda hoje.
O acordo implica a redução de custos em quatro mil milhões de euros, evitando o fecho de menos fábricas face ao que estava previsto.
A ideia será agora encontrar um comprador para a fábrica de Osnabruck e adaptar ou encerrar a fábrica de Dresden. Já as fábricas de Zwickau e de Emden deverão manter-se abertas.
Cerca de 10 mil empregos poderão ser reduzidos na empresa nos próximos anos e a capacidade em várias fábricas pode vir a ser significativamente reduzida, segundo a “Reuters” que cita a imprensa alemã.
Cem mil trabalhadores da empresa realizaram duas greves separadas em novembro, a maior dos 87 anos de história da marca, em protesto contra o corte de salários, redução de capacidade e o encerramento de fábricas na Alemanha.
A Volkswagen está a sofrer com o mercado a mudar para a mobilidade elétrica, e com a concorrência da Tesla e das marcas chinesas de carros elétricos.
A UBS estima que vai ser necessário reduzir em 30 mil os postos de trabalho para a Volkswagen atingir uma margem de lucro operacional na casa dos 6,5% até 2026. “Um compromisso a meio gás (sem o fecho de fábricas) não seria apreciado pelo mercado”, segundo os analistas do UBS.
Com  o poderoso sindicato alemão IG Metall a ameaçar com greves, o UBS estima que cada dia de greve vai custar 100 milhões de euros em receitas e 20 milhões em lucro operacional à Volkswagen, com 2 mil a 3 mil veículos não-fabricados num dia.
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.