A China afirmou hoje que a sua economia cresceu um pouco mais em 2023 do que o indicado nas estimativas anteriores, ressalvando que a revisão não afetou as previsões de um aumento homólogo de “cerca de 5%” este ano.
A estimativa para a atividade económica total, ou produto interno bruto (PIB), em 2023, para a segunda maior economia do mundo, foi aumentada em cerca de 2,7%, para 129,4 biliões de yuans (17 biliões de euros), com base num censo económico realizado de cinco em cinco anos.
O impacto exato no crescimento económico homólogo da China em 2023 não foi indicado. As autoridades afirmaram que seriam divulgados mais pormenores posteriormente.
A economia cresceu a um ritmo anual de 5,2%, em 2023, de acordo com a estimativa anterior.
O recenseamento económico incluiu anos em que a pandemia da covid-19 paralisou a atividade económica. A economia ainda está a recuperar desses choques e de uma grave recessão no mercado imobiliário.
O Governo chinês intensificou as medidas para estimular o consumo e o investimento empresarial, comprometendo-se novamente esta semana a aumentar as despesas e a emitir mais obrigações para financiar o apoio às administrações locais, que estão a sofrer em parte devido à crise imobiliária.
Estes esforços estão a ajudar, afirmou o Banco Mundial num relatório difundido hoje, tendo a instituição elevado a sua estimativa para o crescimento da China este ano para 4,9%, em comparação com a previsão de junho, de 4,8%.
A fraqueza do setor imobiliário continua a ser um entrave ao crescimento e as pessoas cujas casas perderam valor continuarão a mostrar-se relutantes em gastar muito.
Segundo o relatório, a inflação manter-se-á baixa, situando-se em 0,4%, este ano, e aumentando para 1,1%, em 2025.
O relatório salientou que, embora as medidas destinadas a aumentar a procura através da redução dos pagamentos de hipotecas e das taxas de juro, do financiamento de projetos de habitação a preços acessíveis e da concessão de subsídios a programas de reciclagem de automóveis e eletrodomésticos estejam a apoiar a procura, essas medidas não serão suficientes para restaurar o crescimento para níveis mais elevados.
O risco de taxas mais elevadas sobre as exportações chinesas para os EUA, quando o presidente eleito Donald Trump tomar posse, e outros limites ao comércio, são outras potenciais ameaças à economia, dada a crescente dependência da China das exportações para ajudar a impulsionar o crescimento.
O Banco Mundial reiterou os seus apelos para que a China melhore a sua rede de segurança social e ajude a corrigir a crescente desigualdade, a fim de proporcionar uma base económica mais sólida às centenas de milhões de pessoas com baixos rendimentos ou que fazem parte daquilo a que chama a “classe média vulnerável” e que correm o risco de voltar a cair na pobreza.
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