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Aguiar-Branco pede “dose reforçada de bom senso” para 2025

Para o presidente da Assembleia da República, “os portugueses são moderados e querem a paz social”, pelo que os projetos “radicais, destemperados têm pouca tração na sociedade portuguesa”.
Aguiar-Branco
3 Janeiro 2025, 08h40

O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, pede que a política evite os discursos extremados nas suas várias áreas. Num artigo de opinião assinado por Aguiar-Branco, publicado na edição semanal do Jornal Económico, este pede “uma dose reforçada de bom senso” na política para o ano em que agora se entrou.

Aguiar-Branco refere uma questão muito recente como exemplo do debate público estar “extremado, hiperbolizado”: o descongelamento dos salários dos políticos, “(o último corte do tempo da Troika que faltava reverter) como se fosse o expoente máximo da corrupção do regime”.

“Assume-se que quem discorda deve estar capturado por interesses obscuros. E o país não é assim”, destaca.

Para o presidente da Assembleia da República, “os portugueses são moderados e querem a paz social”, pelo que os projetos “radicais, destemperados têm pouca tração na sociedade portuguesa”.

Sobre o bom senso, Aguiar-Branco adianta que este é também “conhecer o país e a sua realidade. Visitar o território, ouvir as pessoas, estimar e valorizar as comunidades locais”

“Muitas vezes, parece que o discurso político anda longe da vida das pessoas. Adere mais facilmente a simplificações ideológicas. Ou até a projetos de engenharia social. Os portugueses rejeitaram sempre essas pretensões. Preferem uma política realista. Preferem o bom senso”, sublinha.

O presidente da Assembleia da República adianta que o Parlamento deve “conversar mais e melhor”, com o objetivo de aprovar ou rejeitar medidas em prol do melhor para os portugueses, nomeadamente reforma da Justiça, política educativa, política fiscal competitiva e estável.

Na visão de Aguiar-Branco, “o bom senso faz falta na política migratória” e é preciso “articular o rigor com o humanismo; o controlo com a capacidade de acolher”, sendo que também é preciso atenção na política externa, uma vez que o “papel de Portugal no mundo não é apenas nomear pessoas para cargos internacionais”

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