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DBRS atenta às consequências do inquérito ao ex-administrador do Novobanco

Na edição desta quarta-feira, o JE revela que operações suspeitas do ex-administrador executivo do Novobanco, Carlos Brandão, fizeram disparar os alarmes do sistema de controlo interno. Hoje, a DBRS garante estar atenta aos desenvolvimentos deste caso.
8 Janeiro 2025, 08h45

A agência de rating Morningstar DBRS garantiu esta quarta-feira que está atenta às consequências do inquérito ao ex-administrador do Novobanco apesar de garantir que para já, estas circunstâncias não vão interferir nas notações de crédito do banco.

O JE avança na edição desta quarta-feira que operações imobiliárias suspeitas do administrador executivo do Novobanco, Carlos Brandão, com empresários da Guiné-Bissau e depósitos de numerário relevantes no banco, fizeram disparar os alarmes do sistema de controlo interno da instituição financeira.

Destaca a DBRS que a agência de notação financeira “não considera que as circunstâncias em torno da decisão do banco de demitir o Chief Risk Officer, tenham impacto nas notações de crédito” do Novobanco.

“A Morningstar DBRS entende que o banco agiu em plena coordenação e cooperação com todas as autoridades relevantes”, considerou a agência. Para a DBRS, o banco “descobriu as transações financeiras suspeitas, iniciou a investigação, informou as autoridades reguladoras e de supervisão do Banco Central Europeu e do Banco de Portugal, tendo apresentado queixa ao Ministério Público”.

A DBRS enfatiza que o que está em causa na investigação “não está relacionada ou associada ao Banco ou às suas operações e não afeta as contas ou transações dos clientes, as finanças ou a atividade do banco, as suas operações comerciais ou o seu sistema de gestão de riscos”.

Assim, destaca a Morningstar DBRS que “não existem razões para considerar, nesta fase, que o anúncio do Novobanco afeta a nossa análise dos blocos de construção do banco, nem existem fatores ESG significativos ou relevantes a considerar”.

No entanto, e no mesmo comunicado, a DBRS sublinha que irá continuar a monitorizar quaisquer consequências adicionais do incidente, incluindo se o Novobanco ou as autoridades de supervisão eventualmente considerarem necessário que o banco faça alterações aos seus controlos internos. Estaremos também atentos às perspetivas de uma rápida substituição permanente para preencher o papel de Chief Risk Officer, dada a importância da função de risco”.

A agência recorda que elevou o rating do Novobanco para BBB com tendência estável (numa apreciação dada a conhecer a 25 de setembro de 2024) para refletir o “desempenho rapidamente melhorado do banco em vários blocos de construção, incluindo o poder de lucro, perfil de risco e capitalização do banco”.

 

 

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