Paulo Macedo, presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), garante que o banco estatal não vai encerrar agências em 2025 e em 2026, notando que é preciso modernizar a instituição financeira e apoiar os clientes nesta transição digital.
“Vamos manter o número de agências pelo menos em 2025 e em 2026”, afirmou o banqueiro na comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, numa audição realizada esta terça-feira a pedido do PCP e do PS sobre a redução dos serviços bancários. Isto depois de a comissão de trabalhadores da CGD ter alertado para a “redução drástica” do número de agências e de colaboradores.
Paulo Macedo afirmou ainda que “ninguém quer que a Caixa fique igual, que todos os outros bancos se modernizem e a Caixa não”, esclarecendo que, apesar da aposta na digitalização, “todas as agencias têm pessoas permanentes e a apoiar os cidadãos, designadamente aqueles com menos conhecimentos de manuseamento de cartões e de tecnologia”.
“A prioridade nacional em termos de serviços bancários é dar às pessoas meios” com foco na inclusão digital, um trabalho que o banqueiro garante estar a ser feito junto dos clientes.
“A rede de agências sofreu uma redução significativa alterando a presença da CGD no território nacional, diminuindo drasticamente a sua capilaridade e implantação, com prejuízos sérios para as populações, desprovida de preocupação em cumprir um efetivo serviço público bancário a todos os clientes”, afirmou a comissão de trabalhadores da CGD numa nota partilhada em outubro do ano passado.
“A Caixa está presente em 99,6% dos concelhos”, disse Paulo Macedo esta terça-feira, referindo que o banco que se segue nesta lista está em 57% dos municípios. “Se o serviço não fosse bom, competitivo e espalhado pelo país”, o banco não teria concedido “cinco mil milhões de euros em crédito à habitação em 2024”, frisou, notando que “somos o maior financiador de casas no interior do país”.
A comissão de trabalhadores referiu também que “esta redução drástica e contínua “muda de paradigma em 2024 por via de processos de transformação de agências, sem todas as capacidades operacionais”, as chamadas “noma smart”, que têm um “quadro de um a três trabalhadores”. À data, fonte oficial esclareceu ao Jornal Económico que a “percentagem de agências da Caixa com um trabalhador é de 1,9% do total das agências da Caixa”.
Notícia atualizada às 13h20
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