Luís Mesquita Dias pede mais celeridade e recursos para resolver o problema da água em Portugal. Contudo, o presidente da Associação de Horticultores, Fruticultores e Floricultores dos Concelhos de Odemira e Aljezur (AHSA) assume que em primeiro lugar “é preciso reconhecer que há água disponível no país”, afirmou durante o debate na apresentação do relatório sobre o Impacto do Perímetro de Rega do Mira e da Produção e Comercialização de Pequenos Frutos realizado pela consultora EY, que decorre na sede da consultora em Lisboa esta terça-feira.
“O problema da água tem de ser resolvido com um conjunto de meios e recursos bastante completo. O importante é saber priorizar as várias medidas. No último ano conseguimos reduzir para 35% as perdas de água, uma redução de 10 pontos percentuais”, referiu.
O responsável considera que a região de Odemira e o setor agrícola “tem um mar de desafios, mas um oceano de oportunidades”, realçando que 15% do total das exportações de fruta, legumes e flores de todo o país saem dos seis mil hectares que estão a ser cultivados em Odemira.
Além da água, Luís Mesquita Dias aponta a questão da mão-de-obra migrante como outro dos problemas a ser resolvido no setor. “Olhando sequencialmente para o trajeto que um migrante faz desde que sai da sua terra até Odemira, logo aí temos um problema”, afirmou.
Como tal, o presidente da AHSA defende que o ideal seria conseguir identificar as necessidades e que “as pessoas fossem identificadas e legalizadas”.
Ainda dentro da mão-de-obra migrante existe o problema da habitação, aquando da chegada a Portugal. Luís Mesquita Dias aponta como uma das soluções a criação de uma legislação que permita criar alojamentos temporários.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com