A maior economia europeia sofreu uma recessão pelo segundo ano consecutivo em 2024. tendo registado um recuo de 0,2% depois de uma queda de 0,3% em 2023. Há mais de 20 anos que a economia alemã não recuava dois anos seguidos.
São más notícias para o atual Governo alemão a seis semanas de o país ir a eleições federais antecipadas. A queda está em linha com o esperado pelos economistas.
Esta é mais uma confirmação de que a Alemanha sofre a maior crise económica em décadas provocada pelo invasão russa da Ucrânia e o fim da energia barata comprada à Rússia por Berlim.
O importante sector automóvel do país também está numa profunda crise, a tentar dar o salto para a mobilidade elétrica, mas a enfrentar a concorrência feroz da Tesla e das marcas chinesas.
A energia continua em preços elevados criando problemas para a competitividade da indústria alemã e o consumo interno continua fraco perante o cenário geral.
As sondagens apontam para a eleição de Friedrich Merz, líder dos conservadores da CDU, que tem prometido reduzir burocracia e impostos, e também cortar benefícios sociais para quem não trabalha, segundo o “Financial Times”.
Uma das grandes discussões neste momento é se o país deve abandonar ou aliviar o travão de dívida para acelerar o investimento público e fomentar a economia.
E o país deverá mesmo continuar sob pressão, segundo a previsão do Bundesbank, prevendo um crescimento de apenas de 0,1% este ano.
Desde a pandemia em 2020 que o país tem tido um registo económico anémico: a produção industrial caiu mais de 10% e o desemprego está a aumentar depois de mínimos históricos.
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