[weglot_switcher]

Economia da Alemanha em recessão pelo segundo ano consecutivo

São más notícias para o Governo de Olaf Scholz a poucas semanas de o país ir a eleições antecipadas.
epa11663865 German Chancellor Olaf Scholz arrives for the European Council summit in Brussels, Belgium, 17 October 2024. EU leaders are meeting in Brussels to discuss Ukraine, the Middle East, competitiveness, migration and foreign affairs. EPA/CHRISTOPHER NEUNDORF
15 Janeiro 2025, 09h26

A maior economia europeia  sofreu uma recessão pelo segundo ano consecutivo em 2024. tendo registado um recuo de 0,2% depois de uma queda de 0,3% em 2023. Há mais de 20 anos que a economia alemã não recuava dois anos seguidos.

São más notícias para o atual Governo alemão a seis semanas de o país ir a eleições federais antecipadas. A queda está em linha com o esperado pelos economistas.

Esta é mais uma confirmação de que a Alemanha sofre a maior crise económica em décadas provocada pelo invasão russa da Ucrânia e o fim da energia barata comprada à Rússia por Berlim.

O importante sector automóvel do país também está numa profunda crise, a tentar dar o salto para a mobilidade elétrica, mas a enfrentar a concorrência feroz da Tesla e das marcas chinesas.

A energia continua em preços elevados criando problemas para a competitividade da indústria alemã e o consumo interno continua fraco perante o cenário geral.

As sondagens apontam para a eleição de Friedrich Merz, líder dos conservadores da CDU, que tem prometido reduzir burocracia e impostos, e também cortar benefícios sociais para quem não trabalha, segundo o “Financial Times”.

Uma das grandes discussões neste momento é se o país deve abandonar ou aliviar o travão de dívida  para acelerar o investimento público e fomentar a economia.

E o país deverá mesmo continuar sob pressão, segundo a previsão do Bundesbank, prevendo um crescimento de apenas de 0,1% este ano.

Desde a pandemia em 2020 que o país tem tido um registo económico anémico: a produção industrial caiu mais de 10% e o desemprego está a aumentar depois de mínimos históricos.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.