O fundo CoRe Consolida, da CoRe Capital, uma das Sociedades de Capital de Risco (SCR) selecionadas para investimento no âmbito do Programa Consolidar, pediu ao Banco Português de Fomento um aumento de subscrição (top up) de 50 milhões para 60 milhões de euros, apurou o Jornal Económico.
O CoRe Consolida é financiado pelo Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) através do BPF – é um fundo de investimento em PME de 74,25 milhões de euros de capital, dos quais 24,25 milhões são capital privado. Recentemente anunciou que investiu na empresa de Aveiro, a Bolseira – Embalagens. O Jornal Económico noticiou que o investimento foi feito através de um aumento de capital de 9,5 milhões de euros em que o fundo da CoRe Capital ficou com 51% da empresa de sacos de papel de baixa gramagem. Com este investimento o CoRe Consolida investiu já 60% do seu capital.
O fundo da capital de risco liderada por Nuno Fernandes Thomaz, Martim Avillez Figueiredo e Pedro Araújo e Sá tem um investimento do banco promocional aprovado de 50 milhões de euros o que implica um investimento privado mínimo de 21,43 milhões de euros, uma vez que a constituição de fundos de private equity no âmbito do Programa Consolidar define que a comparticipação máxima pelo FdCR (Fundo de Capitalização e Resiliência) é de 70% da dotação total de cada fundo de capital de risco e a comparticipação privada é de pelo menos 30% do capital total subscrito de cada fundo.
Para além da CoRe Capital, há mais quatro Capitais de Risco a pedirem um reforço de dotação para aumentarem o capital dos fundos constituídos no âmbito deste programa.
As capitais de risco mais ativas nos investimentos já estão a pedir um “top up” ao Banco de Fomento que gere o Programa Consolidar lançado em 2022.
Contactado o banco liderado por Gonçalo Regalado, foi dito ao Jornal Económico que “no âmbito do Programa Consolidar, gerido pelo Banco Português de Fomento (BPF), a última meta de execução intercalar foi aferida a 31 de dezembro de 2024. Esta avaliação revelou que 6 dos 11 fundos de capital de risco investidos pelo Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) cumpriram as metas estipuladas nos respetivos Acordos de Subscrição”.
“Este cumprimento confere às respetivas Sociedades Gestoras dos fundos a possibilidade de solicitarem um aumento de subscrição ao BPF até uma vez e meia o montante inicialmente investido pelo FdCR, com o limite de exposição de 60 milhões de euros, condicionado ao cumprimento do rácio público/privado de 70%/30%”, revela o banco.
O BPF recebeu pedidos formais de aumento de subscrição por parte de cinco Sociedades Gestoras, totalizando aproximadamente 96 milhões de euros, revela o banco promocional questionado pelo Jornal Económico.
O banco sublinha que o “top up” não é automático ou obrigatório, “sendo cada solicitação analisada pelo BPF com base em critérios como o pipeline de investimento apresentado pelas Sociedades Gestoras e outros indicadores relevantes”, acrescenta.
Os 11 fundos de capital de risco investidos pelo FdCR contribuíram para mobilizar um total de 268,5 milhões de euros, distribuídos por 44 empresas; 78,7 milhões de euros foram mobilizados em 2023; 189,8 milhões de euros foram mobilizados em 2024.
No que se refere à execução específica da componente de apoio do FdCR, o montante total investido ascendeu a 194 milhões de euros, em 36 empresas, dos quais 57,6 milhões de euros investidos em 2023; e 136,4 milhões de euros investidos em 2024.
O Banco de Fomento remete o ponto de situação detalhado do Programa Consolidar para o seu site oficial.
As Sociedades de Capital de Risco (SCR) que foram selecionadas têm de assegurar a subscrição de fundos com uma dotação mínima de 40 milhões de euros cada.
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