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Cessar-fogo em Gaza entrou em vigor

Israel fez o anúncio depois de receber do Hamas os nomes dos três reféns que serão libertados hoje como parte do acordo, e depois de informar as suas famílias.
Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu speaks during a ceremony to show appreciation to the health sector for their contribution to the fight against the coronavirus disease (COVID-19), in Jerusalem June 6, 2021. REUTERS/Ronen Zvulun
19 Janeiro 2025, 09h39

O cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza entrou em vigor às 11:15 locais (9:15 em Lisboa), anunciou o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

A primeira fase do cessar-fogo, repartida por seis semanas, prevê a cessação das hostilidades e a libertação de reféns detidos em Gaza em troca de prisioneiros palestinianos detidos por Israel.

O gabinete do primeiro-ministro israelita diz que quatro outros reféns vivos deverão ser libertados nos próximos sete dias.

Israel exigiu que o Hamas entregasse os nomes dos três reféns israelitas que o movimento islamista palestiniano deveria entregar esta tarde nos termos do acordo.

O movimento islamista palestiniano atribuiu o atraso a “razões técnicas”, num processo complexo em que tem de entregar primeiro os nomes à mediação do Qatar, que por sua vez os comunica aos serviços secretos israelitas e, a partir daí, às famílias.

Finalmente, o porta-voz do Hamas, Abu Obeida, divulgou publicamente os nomes dos três reféns que serão libertados esta tarde: Romi Gonen, 24 anos, Emily Damari, 28 anos, e Doron Steinbrecher, 31 anos.

“Sinto que finalmente encontrei água para beber depois de me perder no deserto durante 15 meses. Sinto-me viva novamente”, disse Aya Mohammad, de 31 anos, à Reuters quando o cessar-fogo entrou em vigor.

“Estamos agora à espera do dia em que regressaremos à nossa casa na Cidade de Gaza, danificada ou não, não importa, o pesadelo de morte e fome acabou”, disse Mohammad, que teve de fugir da Cidade de Gaza por causa da guerra e atualmente vive em Deir Al-Balah com a família.

“A vida não vai ser melhor por causa da destruição e das perdas que sofremos, mas pelo menos não haverá mais derramamento de sangue de mulheres e crianças, espero que seja isso”, disse.

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