O secretário-geral do PCP não nega voltar a repetir a atual solução governativa, mas também não se compromete. Para Jerónimo de Sousa, as contas apenas serão feitas em outubro, depois das eleições legislativas.
“As contas têm que ser feitas depois das eleições para a Assembleia da República em outubro, em que claramente esta nova realidade que é a os portugueses descobrirem que estas eleições não são eleições para primeiro-ministro – porque não há eleições para primeiro-ministro -, mas eleições para eleger deputados”, disse Jerónimo de Sousa, em entrevista à Antena 1.
O líder comunista reconhece que os últimos quatro anos têm sido exigentes, mas que o “primeiro e principal compromisso é com os trabalhadores e o povo português”.
Chama, no entanto, aos parceiros do Governo o mérito por algumas das medidas implementadas nos últimos quatro anos.
“O que vida provou é que o PS acompanhou muitos dos avanços que não teria acompanhado se tivesse maioria absoluta. Digo isto porque posso dar três, quatro, cinco exemplos de que não constavam nem no programa do PS, nem no programa do Governo do PS”, sublinhou. “Foi esta dinâmica, esta intervenção, esta posição séria, mas determinada do PCP que permitiu esses avanços”.
Já sobre o braço de ferro entre o Governo e os enfermeiros, Jerónimo de Sousa realça que a greve se tornou “pouco simpática” mas que não se pronuncia sobre o financiamento do protesto.
Questionado sobre o futuro da liderança do partido, Jerónimo de Sousa considera ser prematuro pensar no período pós-2020.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com