[weglot_switcher]

AIP antevê incremento das relações económicas entre Portugal e Peru

Atualmente, Portugal exporta 1,6 mil milhões de euros e importa 2,2 mil milhões de euros para os países ibero-americanos. No entanto, Brasil, México e Chile concentram 81% das exportações para aqueles mercados.
Peter Nicholls/Reuters
26 Fevereiro 2019, 17h10

“Estamos empenhados em alterar os 76% de exportações e 75% de importações concentrados nos mercados da União Europeia. Daí a importância do incremento das relações comerciais com os países ibero-americanos. O Peru é o país sul americano que mais cresceu nos últimos vinte anos e que apresenta uma inflação controlada”, defendeu hoje José Eduardo Carvalho, presidente da AIP – Associação Industrial Portuguesa.

O mesmo responsável acredita que “temos fortes expetativas que a visita do presidente Martín Vizcarra poderá constituir uma marca na evolução nas relações comerciais entre os dois países”.

“Acreditamos que as posições 72 e 71, como cliente e como fornecedor de Portugal serão brevemente alteradas”, vaticinou o presidente da AIP sobre o futuro das relações comerciais entre os dois países, no Fórum Empresarial Portugal Peru, que decorreu hoje, dia 26 de fevereiro, na sede da associação e que contou com a presença do presidente da República do Peru e sua comitiva e cerca de 120 empresários portugueses e peruanos.

O presidente da AIP adiantou que, atualmente, “Portugal exporta 1,6 mil milhões de euros e importa 2,2 mil milhões de euros para os países ibero-americanos. Mas Brasil, México e Chile concentram 81% das exportações para aqueles mercados”.

Registando “o esforço assinalável que tem sido feito para reorientar a economia para o setor exportador”, José Eduardo Carvalho assegurou que “a cooperação das empresas com a política pública tem sido um sucesso e neste caso temos de realçar o papel que o secretário de Estado Eurico Brilhante Dias tem tido”.

Dirigindo-se a Martín Vizcarra e aos empresários peruanos, o presidente da AIP descreveu o atual momento da economia portuguesa: “o PIB cresce há cinco anos consecutivos. O desemprego baixou para níveis anteriores ao período do resgate. A balança comercial e de serviços apresenta saldos superavitários. As contas públicas estão controladas, embora desejássemos ter a dívida pública e a dívida externa iguais às do Peru”, presentemente em 25% do PIB.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.