[weglot_switcher]

Governo britânico apoia construção de 3.ª pista no aeroporto de Heathrow

A ministra das Finanças, Rachel Reeves, defendeu num discurso que Heathrow, no qual o grupo espanhol Ferrovial detém uma participação de 5,25%, é essencial para a atividade empresarial e turística do país.
© HM Treasury / Lauren Hurley
29 Janeiro 2025, 17h36

O Governo trabalhista britânico deu hoje o apoio político à construção de uma terceira pista no aeroporto londrino de Heathrow, o maior da Europa em termos de tráfego de passageiros, para impulsionar o crescimento económico do Reino Unido.

A ministra das Finanças, Rachel Reeves, defendeu num discurso que Heathrow, no qual o grupo espanhol Ferrovial detém uma participação de 5,25%, é essencial para a atividade empresarial e turística do país.

O apoio do executivo abre a porta para que a Heathrow Airport Holdings Limited apresente formalmente os planos de expansão revistos, depois de os projetos anteriores terem sido rejeitados pela oposição da vizinhança ou por processos judiciais, apesar do apoio do Governo.

A ministra convidou as partes interessadas a apresentarem a sua proposta antes do verão, após o que será avaliada para garantir a sua rentabilidade e o cumprimento dos objetivos climáticos.

Reeves sublinhou que Heathrow é fundamental para a “abertura e conectividade” do Reino Unido e recordou que não foi construída qualquer nova pista num aeroporto britânico desde a década de 1940.

Os analistas alertaram para o facto de que, mesmo que o projeto consiga ultrapassar os prováveis desafios legais de grupos ambientalistas e outros, a sua construção poderá ser adiada por vários anos.

Além de Heathrow, o Governo deve anunciar, até 27 de fevereiro e 03 de abril, respetivamente, se dará luz verde às propostas de expansão dos aeroportos de Gatwick e Luton, que também servem a capital.

No seu discurso em Oxfordshire (sudeste de Inglaterra), Reeves enumerou outras medidas para promover o crescimento, a prioridade do executivo, que continua estagnado em cerca de 0,1%, num contexto de receio de estagflação.

Entre outras medidas, serão melhoradas as ligações e as infraestruturas em torno das cidades universitárias de Oxford e Cambridge para criar um polo científico e tecnológico semelhante ao Silicon Valley nos Estados Unidos.

O “Corredor de Crescimento Oxford-Cambridge”, originalmente concebido em 2003 e abandonado por anteriores governos, contribuirá com cerca de 78.000 milhões de libras (cerca de 92.900 milhões de euros) para a economia até 2035, afirmou.

O projeto inclui a construção de cerca de 4.500 casas nos arredores de Cambridge e um investimento de 7.900 milhões de libras (9.420 milhões de euros) em cinco anos para melhorar as infraestruturas de água, com nove novos reservatórios.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.