[weglot_switcher]

Corte nos juros do BCE coloca bolsas no ‘verde’ mas Lisboa fica aquém

Da decisão no BCE à contração nas economias francesa e alemã, a sessão foi prodiga em novos dados, que estimularam os investidores. Ainda assim, por cá, o PSI registou ligeiros ganhos.
PSI mercados
30 Janeiro 2025, 17h07

A bolsa de Lisboa registou leves ganhos na sessão desta quinta-feira, na medida em que o índice PSI ganhou 0,07% e alcançou 6.534 pontos. O dia lá fora foi de subidas mais expressivas, com os mercados a beneficiarem do novo corte nos juros do BCE.

Entre as cotadas do índice PSI, as ações da EDP Renováveis lideraram o dia, ao valorizarem 1,17%, até aos 9,05 euros. Em simultâneo, a Ibersol adiantou-se 0,97% e alcançou os 8,36 euros, ao passo que a Corticeira Amorim ganhou 0,84% para 8,45 euros.

Entre as perdas, destaque para o BCP, que caiu 0,67% nas negociações e os respetivos títulos ficaram-se pelos 0,5052 euros.

Olhando aos mais importantes índices de referência das congéneres europeias, o sentimento foi amplamente positivo. Para isto, contribuiu o quinto corte consecutivo nas taxas de juro de referência do BCE em 25 pontos base. A presidente daquela instituição, Christine Lagarde, rejeitou comprometer-se com futuros cortes e apontou ao peso do desacelerar da inflação nestas decisões.

De tal modo que o índice agregado Euro Stoxx 50, que encaixou 1,07%, foi ultrapassado pelo salto de 1,09% do IBEX 35, em Madrid. Muito próximo ficou o Reino Unido, ao avançar 1,03%. Seguiram-se somas de 0,88% em França, 0,43% na Alemanha e 0,17% em Itália.

“Foi uma sessão positiva para as bolsas europeias, no dia em que o BCE agiu sem surpresas e desceu os juros na zona euro, baixando a taxa diretora em 25 pontos base para 2,75%”, assinala-se na análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

Os analistas escrevem que Lagarde “mostrou maior ceticismo que o anotado ontem pela Fed no que respeita à utilização da Bitcoin e que levou a nova valorização da criptomoeda”, pode ler-se.

“Destaque ainda para a indicação de que economias como a alemã, a francesa e a norte-americana tiveram um desempenho inferior ao previsto no quarto trimestre, com as duas geografias europeias em contração”, sublinham, mediante os dados macroeconómicos divulgados esta quinta-feira.

“De resto foram contas empresariais a ditarem reações mais dispares, como a valorização da Nokia e o tombo da STMicro”, acrescenta-se ainda.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.