A época de resultados segue a todo o gás nos Estados Unidos e em palco estiveram, na semana passada, quatro das tão aclamadas “sete magníficas”. Os investidores reagiram em força, mas dividiram sensações.
Na quarta-feira da semana passada, após terminada a sessão na bolsa de Wall Street, as tecnológicas Meta, Microsoft e Tesla apresentaram os resultados, ao passo que a Apple o fez no dia seguinte. As reações dos mercados não se fizeram esperar.
Apple regista sentimento misto
A Apple tomou a liderança entre as empresas mais valiosas do mundo na semana passada, ao beneficiar de uma valorização e, sobretudo, do tombo da Nvidia, em virtude do modelo de IA lançado pela chinesa DeepSeek e de todas as dúvidas que o mesmo levantou.
A tecnológica publicou os resultados do quarto trimestre de 2024 na quinta-feira, com um máximo histórico ao nível das receitas, que atingiram 124,3 mil milhões de dólares. Ainda assim, os números caíram ao nível da procura por iPhones.
A reação começou por ser positiva, reflexo do surpreendente volume de vendas, mas a segunda metade da sessão de sexta-feira acabou por ser de correção. Sinais como a queda de 11,1% no mercado da China deixaram os investidores receosos, pelo que a cotada acabou por desvalorizar 0,67%.
Tesla sobe em bolsa apesar de queda nas contas
Depois do máximo histórico atingido na cotação de mercado da automotora, muito em benefício da proximidade entre Elon Musk e Donald Trump, a mesma atingiria um mínimo relativo na primeira sessão do ano, a 2 de janeiro. Ao mesmo tempo, as dificuldades sentidas pelo setor automóvel levantam sérias questões sobre os investimentos no setor.
Foi neste contexto de ânimo da empresa que a automotora apresentou os resultados do quarto trimestre do ano passado. Ora, apesar da queda de 8% nas receitas com a venda de automóveis, os investidores reagiram animados, de tal modo que as ações valorizaram 4% nas duas últimas sessões da semana.
Na base parece estar os progressos anunciados pela empresa ao nível do desenvolvimento de carros elétricos com piloto automático. O lançamento do serviço pago está marcado para junho, anunciou Musk numa conferência após a apresentação das contas.
Microsoft falha as expetativas para 2025 e títulos tombam
As ações da tecnológica tombaram mais de 6% na quinta-feira, após a empresa apresentar as contas na véspera. Os resultados do quarto trimestre de 2024 corresponderam às expetativas. Porém, o mesmo não acontece com as expetativas definidas para o primeiro trimestre de 2025.
Os mercados reagiram em força e a cotada registou uma descida acentuada em Wall Street.
A Microsoft deu ainda a conhecer dificuldades ao nível do serviço de Azure cloud, que adensaram os receios sentidos pelos investidores.
Meta alcança máximo histórico mas receios mantêm-se
A empresa liderada por Mark Zuckerberg destacou-se pelos melhores motivos, ao alcançar um máximo histórico em bolsa, logo na abertura da sessão de quinta-feira.
Na origem estão os números que superaram as expetativas que existam em variados parâmetros. Desde logo, as receitas subiram 21% no quarto trimestre de 2024, ao mesmo tempo que o lucro por ação alcançou os 8,02 dólares e superou largamente as perspetivas dos mercados (6,77 dólares).
Ainda assim, os títulos acabaram depois por corrigir, possivelmente em função de as perspetivas definidas pela empresa no que respeita ao primeiro trimestre de 2025 terem fica aquém do esperado. Ao mesmo tempo que a empresa enfrenta problemas com a justiça, que podem ter um “impacto significativo no nosso negócio e nos resultados financeiros”, fez saber a Meta.
Seguem-se os resultados de Alphabet e Amazon
Esta semana, seguem-se os resultados da Alphabet e da Amazon, na terça e quinta-feira desta semana, respetivamente. A Nvidia será a última a divulgar contas, tendo marcado a publicação para o dia 26 de fevereiro.
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