O SNQTB – Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários disse que tomou conhecimento que foi lançada esta semana uma apólice complementar da Médis para os trabalhadores do BCP.
“Em termos práticos, esta apólice pretende repor parte das condições de comparticipação que existiam entre a Médis e terceiros, mas passando o custo para os trabalhadores”, refere o sindicato liderado por Paulo Marcos, que é crítico em relação a esta solução.
“Pela sua história, pela posição que ocupa no sistema financeiro, é expectável do BCP uma outra abordagem relativamente à proteção na doença dos bancários, ativos e reformados. A sua simples demissão dessa responsabilidade não é uma opção responsável e que faça justiça ao compromisso, ao empenho e à dedicação dos seus trabalhadores”, aponta o SNQTB.
“De referir ainda que o nosso Sindicato não fez parte de qualquer processo negocial, tendo tomado conhecimento do conteúdo da proposta no mesmo momento que os trabalhadores do BCP”, acrescenta.
O SNQTB adianta que “disponibiliza soluções de seguros complementares que competem eficazmente com a proposta da Médis e nalgumas vertentes até bem melhor”.
“Registamos também que, apesar dos seus excelentes resultados operacionais, e contrariamente a outras Instituições de Crédito, o BCP continua a manifestar indisponibilidade para investir um pouco mais na proteção dos seus trabalhadores no âmbito da saúde”, acrescenta o sindicato dos quadros.
A estrutura liderada por Paulo Gonçalves Marcos salienta que “o enorme crescimento nos custos de saúde, ocorrido nos últimos anos, tem vindo a ser suportado apenas pelos trabalhadores bancários e pelos seus subsistemas, apesar dos excelentes resultados operacionais da Banca”.
“Algumas Instituições de Crédito – não é o caso do BCP – têm disponibilizado seguros complementares. Trata-se, à primeira vista, de uma medida generosa. Infelizmente, é uma opção que protege os bancários no ativo, mas que deixa de fora os seus trabalhadores reformados. É um paliativo, mas não é uma solução que substitua o reforço da contribuição para os subsistemas de saúde”, acrescenta.
“Há muito tempo que o SNQTB tem vindo a alertar para a necessidade de as Instituições de Crédito acompanharem nas suas contribuições para os subsistemas o aumento exponencial dos custos associados aos cuidados de saúde”, refere o sindicato.
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