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Portugal é o terceiro país do mundo com mais dificuldades em contratar

“A transformação digital, os novos modelos de negócio e a transição verde têm vindo a modificar, há já alguns anos, o panorama das competências mais procuradas no mercado, algo que a crescente adoção da IA veio ainda acentuar”, afirma Rui Teixeira, country manager do ManpowerGroup Portugal.
insolvências empresas
10 Fevereiro 2025, 17h46

As empresas nacionais e globais continuam a enfrentar uma dificuldade na procura de profissionais qualificados, de acordo com o Global Talent Shortage Survey 2025. A escassez de talento em Portugal registou um ligeiro alívio no ano passado, no entanto continua elevada, nos 81%, sendo o terceiro país com maior escassez de profissionais.

Rui Teixeira, country manager do ManpowerGroup Portugal, afirma que “a transformação digital, os novos modelos de negócio e a transição verde têm vindo a modificar, há já alguns anos, o panorama das competências mais procuradas no mercado, algo que a crescente adoção da IA veio ainda acentuar. Infelizmente, o ciclo de renovação de competências dos trabalhadores não é tão acelerado e, mesmo que estejamos a observar algum alívio na procura, associado à instabilidade geopolítica e económica mundial, a escassez de talento em Portugal agravou-se”.

Em Portugal as competências mais procuradas são de vendas e marketing, com 23%, IT e data, com 22%, e recursos humanos, com 21%. Segue-se as funções de engenharia, com 21%, e operações logística, com 20%.

Comparando com o ano passado, a procura mantém-se elevada em quatro das cinco competências mais procuradas, com exceção das áreas de relação com o cliente e atendimento, que este ano desceu para sexto lugar.

Analisando por setor, o da saúde e ciências da vida, indústria e materiais, bens e serviços de consumo, são os que apresentam a maior escassez de talento.

O estudo revela que a região Centro e da Grande Lisboa são onde se regista a maior dificuldade na contratação de profissionais, com valores de 87% e 86%, respetivamente. Segue-se a região Sul, com 84%, Grande Porto, com 82%, e, por último, a região Norte, com 80%.

“Face às atuais dificuldades de contratação, os empregadores estão a adaptar as suas estratégias para se alinharem com as preferências de candidatos e trabalhadores, e reforçarem a sua capacidade de atrair e reter talento”, refere o estudo.

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