O comissário europeu com a pasta do Comércio, Maros Sefcovic, defendeu no Parlamento Europeu, esta terça-feira, que as tarifas que os Estados Unidos querem aplicar a vários países podem promover a inflação.
O comissário europeu, salientou, citado pela agência noticiosa Reuters, que as tarifas iriam penalizar tanto os Estados Unidos como os países afetados por essas mesmas tarifas. Maros Sefcovic referiu que a União Europeia mantém a sua postura de tentar encontrar uma solução que “beneficie mutuamente” o bloco europeu e os Estados Unidos.
Esta terça-feira, a administração norte-americana defendeu que pretendia aplicar uma tarifa de 25% ao aço e alumínio, a partir de 12 de março.
“Estou a simplificar as nossas tarifas sobre o aço e o alumínio para que todos entendam o que isto significa. São 25%, sem exceções ou isenções. E isto é para todos os países”, disse o presidente norte-americano, Donald Trump, aos jornalistas.
O Canadá e a União Europeia reagindo a esta decisão norte-americana prometeram retaliação.
O ministro da Indústria do Canadá, François-Philippe Champagne, descreveu como “totalmente injustificadas” a aplicação de tarifas ao aço e ao alumínio. O governante afirmou que o Canadá pretende responder a estas tarifas norte-americanas.
Pelo mesmo tom afinou a Comissão Europeia.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou as tarifas ao aço e ao alumínio europeu como sendo “injustificadas” e alertou que a União Europeia “não ficará sem resposta”, reforçando que as tarifas “são más para as empresas e pior para os consumidores”.
Para além destas tarifas ao aço e alumínio, os Estados Unidos queriam aplicar, no início de fevereiro, tarifas de 25% ao México e Canadá e de 10% à China. Contudo, os planos norte-americanos foram adiados por um prazo de 30 dias, depois de os Estados Unidos terem chegado a um entendimento com México e Canadá.
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