A Holanda aumentou a sua posição acionista na companhia aérea Air France-KLM para 14% e apanhou os mercados de supresa, assim como o outro acionista estatal, a França, que detém 14,3%.
O aumento de posição no capital da companhia aérea por parte do governo de Haia, anunciado esta terça-feira, criou um conflito diplomático entre os dois estados fundadores da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, a antecessora da União Europeia.
O ministro das Finanças holandês, Wopke Hoekstra, deslocou-se, esta sexta-feira, a Paris, a capital francesa, para assegurar ao seu homólogo francês, Bruno Le Maire, que as intenções do governo holandês não foram hostis.
A Air France-KLM nasceu da fusão entre as companhias aéreas francesa Air France e a holandesa KLM, em 2003. Desde então, a KLM manteve uma estrutura autónoma dentro do grupo, que tem sido dominado pelos franceses.
Segundo o jornal espanhol Cinco Días, a operação surpresa levada a cabo pela Holanda deveu-se à necessidade de proteger os interesses económicos holandeses em torno do aeroporto de Amsterdão, cujo principal utilizador é a KLM, havendo milhares de postos de trabalhos afetos ao funcionamento da infraestrutura.
Um dia depois do anúncio do aumento da posição acionista do governo holandês na Air France-KLM, dia 27, as ações da companhia aérea caíram 11,74%, para 11,2 euros, tendo baixado da fasquia dos 11 euros na quinta-feira. No entanto, esta sexta-feira, as ações encerraram a última sessão da semana em recuperação, com o preço do título a negociar nos 11,45 euros.
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