Wall Street fechou mista após os comentários de Jerome Powell. O S&P 500 subiu 0,034% para 6.068,5 pontos; o Nasdaq caiu 0,36% para 19.643,9 pontos; e o Dow Jones fechou positivo a subir 0,28% para 44.593,6 pontos.
O presidente da Reserva Federal compareceu perante a Comissão Bancária do Senado (fará perante uma comissão semelhante na Câmara dos Representantes na quarta-feira) para explicar o estado da economia dos EUA e a política monetária do banco central, e evitou novamente a pressa em retomar os cortes nas taxas de juro.
“Agora que a nossa postura política é significativamente menos restritiva do que era e a economia continua forte, não temos de ter pressa em ajustar a nossa postura política”, disse.
O responsável da Fed não comentou o impacto que a política tarifária de Donald Trump poderá ter na inflação e na economia.
A sua aparição acontece pouco depois de o presidente norte-americano ter anunciado, na segunda-feira, tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio. Trump anunciou ainda tarifas recíprocas sobre todos os países que mantenham relações económicas “injustas” com os EUA “nos próximos dias”.
As suas palavras não foram uma grande surpresa, pois o mercado já esperava um tom comedido de Powell, uma vez que esta é a posição oficial da Fed, que no mês passado suspendeu os cortes de juros após três cortes consecutivos para fechar 2024; e adoptou uma abordagem de “esperar para ver” à medida que as medidas do novo presidente dos EUA se tornassem conhecidas.
No setor tecnológico, Sam Altman, fundador e CEO da OpenAI, criadora do ChatGPT, rejeitou categoricamente uma oferta de aquisição lançada por Elon Musk e um grupo de investidores para comprar a tecnológica, que avalia a empresa em 97,4 mil milhões de dólares.
“Não, obrigado, mas compraremos o Twitter por 9,74 mil milhões de dólares se quiser”, disse Altman ironicamente na sua conta X, propriedade de Elon Musk, que o bilionário comprou por quase 50 mil milhões de dólares.
Em termos de resultados corporativos, várias grandes empresas divulgaram os seus números, como a Coca-Cola, que subiu 4,73% depois de superar as previsões de lucros e receitas; a Humana, Lyft e a Super Micro Computer.
A Coca-Cola reportou um crescimento orgânico das suas receitas do 4.ºtrimestre de 14%, em base homóloga, quase o dobro do valor projetado pelos analistas (estimativa era de 7,24%), com a rubrica a totalizar 11,5 mil milhões de dólares. A impulsionar esteve o aumento de preços de 9% no período, acima dos 6,7% esperados, que superou o aumento de volumes de 2%. Lucro por ação cresceu para 0,55 dólares, acima da estimativa de 0,52 dólares/ação. Para 2025 projeta crescimento de receitas comparáveis de 3% a 4% e de 2% a 3% no EPS (lucros por ação).
As ações da Apple também subiram 2,18% devido a relatos de que a empresa chegou a um acordo com a Alibaba para utilizar os seus modelos de inteligência artificial (IA) nos seus iPhones na China.
O crude West Texas Intermediate subiu 1,23% para 73,21 dólares e o Brent valorizou 1,34% para 76,89 dólares.
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