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Quase 60% dos jovens prefere descida no preço das casas do que um aumento salarial

Dados do estudo da Century 21 Portugal indicam que 42,3% dos jovens da Área Metropolitana de Lisboa optavam por um aumento no salário e 57,7% uma descida no preço das casas, enquanto na Área Metropolitana do Porto, 43,1% prefere uma subida no salário e 56,9% uma quebra no preço da habitação.
13 Fevereiro 2025, 07h00

A compra ou arrendamento de casa é um dos principais sinais de independência que os jovens portugueses mais procuram aos dias de hoje e muitos deles estariam dispostos a abdicar de um aumento no seu salário, em detrimento de uma descida no preço das casas em Portugal. A conclusão é do estudo da Century 21 Portugal, que indica que 42,3% dos jovens da Área Metropolitana de Lisboa (AML) optavam por um aumento no salário e 57,7% uma descida no preço das casas, enquanto na Área Metropolitana do Porto (AMP), 43,1% prefere uma subida no salário e 56,9% uma quebra no preço da habitação.

Ao nível temporal, 9,1% dos jovens Área Metropolitana de Lisboa tornaram-se independentes há menos de um ano, face aos 13% da Área Metropolitana do Porto.

O cenário muda quando o espaço temporal é superior a cinco anos: no caso da AML são 47,8% dos jovens que já vivem em casa própria, ligeiramente acima dos 45,9% dos jovens da AMP.

Atualmente, 73% dos jovens residentes na Área Metropolitana de Lisboa vivem de forma independente, enquanto na Área Metropolitana do Porto a percentagem é de 67%.

Quando questionados sobre o que estariam dispostos a abdicar para terem a sua independência, a compra ou renovação de aparelhos eletrónicos é eleito por 39,6% dos jovens da AML e por 48,5% da AMP, percentagem que também é escolhida pelos jovens da AMP em relação a deixarem de viajar, face aos 31,5% da AML.

Os elevados preços das casas (43%) aliados aos baixos salários (30%) são as principais razões que afastam 73% dos jovens portugueses da sua independência. Dos jovens entre os 36 a 40 anos, só 31% acreditam que vão conseguir comprar casa dentro de cinco a dez anos.

Este estudo teve uma amostra de 808 indivíduos, com idades entre os 20 e 40 anos, selecionados de forma intencional e proporcional às quotas da população portuguesa, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), em função do sexo e grupo etário, que vivem nas áreas metropolitanas da Grande Lisboa e do Porto.

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