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AIE prevê que procura de petróleo suba ligeiramente em 2025

A China continuará a ser o principal motor deste crescimento, mas a um ritmo muito mais lento (19% contra 60% de média da década precedente), sublinha a AIE no relatório mensal sobre o mercado do petróleo, hoje divulgado.
petróleo
13 Fevereiro 2025, 12h58

A procura global de petróleo subirá ligeiramente este ano, com um aumento de 1,1 milhões de barris por dia, contra a subida de 870.000 de 2024, informou hoje a Agência Internacional de Energia (AIE).

A China continuará a ser o principal motor deste crescimento, mas a um ritmo muito mais lento (19% contra 60% de média da década precedente), sublinha a AIE no relatório mensal sobre o mercado do petróleo, hoje divulgado.

Em relação à progressiva desaceleração da procura da China, a Índia e outros países asiáticos estão a tornar-se gradualmente relevantes no aumento, já que representarão em conjunto 500.000 barris por dia, quase metade da subida estimada para este ano.

O mercado petrolífero mundial sofreu em janeiro em forma de aumento de preços o choque das novas sanções dos EUA contra os hidrocarbonetos da Rússia e Irão, mas a AIE confirmou que as exportações russas “continuam até agora praticamente sem mudanças”, enquanto as iranianas são só “ligeiramente inferiores”.

O relatório da AIE antecipa que o aumento da procura mundial de petróleo será coberto pelo incremento previsto da produção no continente americano, que alcançará os 1,4 milhões de barris por dia.

Em contrapartida, o documento prevê que a OPEP e os seus aliados (OPEP+, que inclui a Rússia) cumprirão de forma mais estrita os seus compromissos de limitação de produção, o que reduzirá um possível excesso de ofertas a nível global.

Com os dados de 2024 já completos, o relatório constata que no ano passado “a oferta se ajustou à procura mundial”, em 103,9 milhões de barris por dia.

Em relação aos preços, a AIE prevê tempos de volatilidade, já que só em janeiro o petróleo de referência, o Brent, disparou até 83 dólares por barril devido às sanções dos EUA contra a Rússia e o Irão, ainda que progressivamente a calma tenha voltado aos mercados e o mês passado tenha fechado com a cotação em 77 dólares por barril.

O relatório considerou que “é demasiado cedo” para determinar se os anúncios de tarifas pelos EUA afetarão o mercado internacional de petróleo, ou se as sanções de Washington impostas a Moscovo e a Teerão terão mais implicações a longo prazo.

Contudo, o relatório recorda que o mercado de petróleo tem mostrado historicamente “resiliência e adaptabilidade notáveis face a grandes desafios”, e que nesta ocasião não deverá ser diferente.

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