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Navigator: títulos caíram mais de 5% após segundo maior resultado de sempre

A Navigator reportou o “segundo maior resultado da história” da empresa, que inclui o volume de negócios, os lucros antes de juros, impostos, depreciação, e amortização (EBITDA), e ainda o resultado líquido. Em bolsa, esta sexta-feira, as ações estão em queda.
Navigator
14 Fevereiro 2025, 09h55

As ações da Navigator estão em queda livre esta sexta-feira. Nesta altura já caem 5,24% para os 3,36 euros. O mercado na abertura está a reagir mal aos resultados apresentados, na passada quinta-feira, onde a empresa reportou o “segundo maior resultado da história” com uma subida do volume de negócios de 7%, em 2024, para os 2.088 milhões de euros, face ao ano passado.

A toada do “segundo maior resultado da história” da empresa continuou ao nível dos lucros antes de juros, impostos, depreciação, e amortização (EBITDA) que, em 2024, se fixou em 547 milhões de euros, mais 9% face ao ano anterior, e isto não incluindo “as duas recentes aquisições na área do tissue, em Espanha (Navigator Tissue Ejea) e no Reino Unido (Navigator Tissue UK)”, clarificou a Navigator.

O “segundo maior resultado da empresa” continuou no resultado líquido que em 2024 atingiu os 287 milhões de euros, mais 4% quando comparado com o período homólogo.

A Navigator reportou também um aumento ao nível do volume de vendas de papel de impressão e embalagem, de 8% face ao ano anterior, justificado pela empresa como sendo resultado “da aceleração de entrada de encomendas até maio e novamente no final do ano”.

A empresa reportou perdas de 16% no volume de vendas de pasta justificado pela “maior integração em produtos papeleiros, compensado, em parte, por preços acima dos do período homólogo [2023] (+13%)”. Verificou-se um “aumento do volume de vendas de tissue face a 2023 (+55%) impulsionado pelo crescimento das vendas de produto acabado e pela adição da capacidade, durante o segundo trimestre, da Navigator Tissue UK”.

No que diz respeito ao capex (despesas de capital) atingiu os 241 milhões de euros, em 2024, uma subida face aos 187 milhões de euros do ano passado. “Este valor inclui perto de 120 milhões de euros referentes a investimentos classificados como critérios ambientais, sociais e de governança (ESG), 50% do capex total”, salientou a Navigator.

O endividamento líquido subiu 128 milhões de euros, para os 617 milhões de euros, em 2024, face ao ano anterior.

Em termos de perspetivas futuras a empresa salientou que 2025 deve-se apresentar com “desafios significativos e muito reduzida visibilidade”. A organização salienta que “as guerras em curso no Médio Oriente e Ucrânia, a incerteza quanto aos efeitos das políticas económicas e comerciais à escala global e a falta de clareza quanto à evolução da política monetária” estão a ter um “peso negativo” no sentimento dos principais agentes económicos.

Ao nível do sector, e em concreto no negócio de pasta [de papel], “é antecipada uma recuperação dos preços” na China e Europa, “que já se começou a verificar”, diz a empresa.

Refira-se que nos resultados da empresa é salientado que no sector de guardanapos ponto a ponto (P&P), após um primeiro semestre [de 2024] “marcado pela rápida subida” dos índices de referência para o preço da pasta, verificou-se na segunda metade do ano uma “correção expressiva” de preços na China e consequente ajuste na Europa.

Ao nível do mercado da pasta [papel] a Navigator referiu que o primeiro semestre [de 2024] foi “marcado pelo aumento do índice de referência de pasta de fibra curta (hardwood) na Europa – PIX BHKP em dólares – que atingiu máximos históricos no início de julho (1.440 USD [dólares]/t [tonelada])” enquanto que o segundo semestre verificou-se uma “forte correção” dos preços na China terminando o ano nos 545 USD/t”.

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