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Alemanha: Verdes e extrema-direita disponíveis para entrar no próximo governo

O próximo chanceler já disse que irá governar em coligação. Aparentemente, quase todos os partidos parlamentares estão disponíveis para isso.
Alemanha
People ride bikes on a road in front of Brandenburg Gate, on an autumn day, in central Berlin, Germany, November 14, 2022. REUTERS/Lisi Niesner
23 Fevereiro 2025, 20h01

O candidato dos Verdes a chanceler, Robert Habeck, afirmou que está disposto a continuar a assumir responsabilidades no governo, caso o vencedor das eleições, o líder da União Democrata-Cristã (CDU), Friedrich Merz, coloque essa hipótese. “Os Verdes querem continuar a assumir a responsabilidade. Se tal é possível, veremos depois de uma longa noite”, disse Habeck, vice-chanceler e ministro da Economia do antigo Governo do social-democrata, Olaf Scholz.

De acordo com as projeções das sondagens à boca das urnas publicadas pelas televisões públicas ZDF e ARD, os Verdes obtiveram entre 12,4% e 13% dos votos, ligeiramente abaixo do resultado das eleições anteriores, que, com 14,7% dos votos, havia sido o melhor resultado de sempre do partido, recorda a Lusa. “Chegaram a prever um resultado inferior a 10%, após a dissolução da coligação governamental. Conseguimos inverter esta tendência e aproximarmo-nos do resultado das últimas eleições”, sublinhou Habeck.

Quem também disse que está disponível para entrar numa coligação que governe a Alemanha foi a líder do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD). No seu discurso de vitória – o partido nunca teve uma votação tão expressiva – Alice Weidel disse que o seu partido está pronto para assumir as responsabilidades governativas que resultam do facto de ter consegui passar a barreira dos 20%. Os analistas consideram que a CDU não irá nunca convidar a AfD para governar em coligação – apesar de um precedente de entendimento que sucedeu há cerca de dois anos na região da Turíngia.

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