O conselho de administração do Deutsche Bank concordou em manter as conversações com o rival Commerzbank sobre a viabilidade de uma fusão, revelou à agência “Reuters” este sábado uma fonte próxima do processo.
Os primeiros contatos não-oficiais aconteceram há mais de uma semana, chegando a surgir a hipótese das conversações poderem terminar logo numa fase inicial, algo que os porta-vozes do Deutsche Bank e do Commerzbank não quiseram comentar.
A especulação sobre uma possível fusão entre os dois maiores bancos da Alemanha ganhou mais força sob o mandato do ministro das Finanças, Olaf Scholz, que sublinha a importância de bancos fortes.
Ambas as entidades têm lutado para voltar a ter lucros de forma sustentável desde a crise financeira global, sendo que o Governo possui uma participação de mais de 15% no Commerzbank após o resgate financeiro.
O Deutsche Bank é considerado um dos bancos mais importantes do sistema financeiro global, mas tem vindo a ser castigado com perdas e quedas de ratings, e suspeitas de lavagem de dinheiro nos últimos três anos.
O CEO, Christian Sewing, afirmou publicamente nos últimos meses que estava focado em restaurar a lucratividade antes de assumir um complicado projeto de fusão. Já o líder do Commerzbank, Martin Zielke, foi mais aberto à ideia de uma fusão, referiu uma fonte próxima.
Os dois bancos falaram sobre uma possível fusão em 2016, mas as negociações fracassaram depois de ambos terem decidido concentrar-se nas suas reestruturações financeiras.
O Deutsche Bank tem mais de 20 milhões de clientes pessoais e empresariais e o Commerzbank cerca de 18 milhões. Uma fusão dos dois bancos teria um valor de mercado de ações de mais de 24 mil milhões de euros.
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