Hoje de manhã, junto ao hotel onde estava alojado o primeiro-ministro, um grupo de jovens cercou o edifício, acusando Aristides Gomes de estar a comprar votos, e foi dispersado pelas forças de segurança.
Depois deste incidente, o líder da Liga apelou ao civismo e pediu “calma” aos partidos políticos, que devem manter uma “postura de cidadania”, procurando orientar “os seus militantes para efetivamente respeitarem a ordem pública e a tranquilidade das pessoas”.
“Manifestamos a nossa preocupação com o incidente de Gabú e esperamos que seja um episódio isolado que não tenha reflexos noutros pontos do território e no processo eleitoral em si”, afirmou Augusto Mário Silva, que pediu também aos políticos que evitem hoje, dia de reflexão antes das legislativas de domingo, ações que possam “configurar atos de campanha eleitoral”.
Hoje, o chefe da missão de observadores da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) agendou um concordou um encontro com os 21 partidos candidatos às legislativas de domingo, mas apenas estiveram presentes os líderes do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC) e da Frente de Salvação Nacional (Frepasna), que prestaram declarações à imprensa.
Em Gabú houve “dez pessoas feridas em consequência da intervenção policial para manter a ordem” e, desses, “dois estão em estado relativamente grave”, internados no hospital a precisar de cuidados médicos, explicou o dirigente da organização não-governamental.
Também hoje, o Movimento Nacional da Sociedade Civil disse, em comunicado, estar a acompanhar o caso em Gabu com “apreensão”.
“É imprescindível preservar o sensível ambiente político de forma a não comprometer o escrutínio que terá lugar nas próximas horas”, referiu esta organização não-governamental.
Nesse sentido, o movimento apelou “a todos os atores políticos, órgãos de soberania e população a contribuir para um processo eleitoral pacífico, livre e transparente”.
A Guiné-Bissau realiza no domingo eleições legislativas, procurando pôr fim a um impasse político que dura desde 2015, quando Presidente demitiu o governo do PAIGC, que tinha maioria no parlamento.
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