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Annegret Kramp-Karrenbauer responde a Macron e alerta para centralização da UE

A líder da CDU alemã reagiu às ideias do presidente francês para um “renascimento europeu”, rejeitando a ideia de um salário mínimo europeu e mostrando-se contra as dívidas coletivas.
9 Março 2019, 19h48

A líder da CDU germânica Annegret Kramp-Karrenbauer respondeu este sábado ao presidente francês Emmanuel Macron, deixando um alerta para a centralização da União Europeia, revela a agência “Reuters”.

O “renascimento europeu”, mencionado por Emmanuel Macron, levou a que sucessora de Angela Merkel viesse alertar contra uma centralização excessiva da União Europeia.

Sob o título “Doing Europe Right”, Annegret Kramp-Karrenbauer dirigiu-se a Macron ao pedir uma reforma da política de migração da União Europeia, mas rejeitou a ideia de um salário mínimo europeu mostrando-se contra as dívidas coletivas.

“A Nossa Europa precisa de se fortalecer”, escreveu Kramp-Karrenbauer, que sucedeu a Merkel como líder da CDU em dezembro, num artigo de opinião para o semanário “Welt an Sonntag”, acrescentando que “o centralismo europeu, o estadismo europeu, a coletivização das dívidas, a europeização dos sistemas sociais e o salário mínimo seriam o caminho errado”.

Estas afirmações parecem contrariar o pedido de Macron por um salário mínimo europeu. As propostas de Macron, reveladas numa carta aberta aos cidadãos da Europa, publicada esta semana em jornais da UE, visam proteger e defender os cidadãos da Europa, dando às 28 nações um novo ímpeto diante da competição global.

Desde que venceu as eleições como presidente da França em 2017, Macron defendeu a reforma da UE. Ao apresentar as suas ideias, Kramp-Karrenbauer, que é a ‘protegida’ de Merkel e está na pole position para sucedê-la como chanceler, pediu um mercado bancário interno europeu para garantir que as empresas europeias possam obter financiamentos da UE.

Annegret Kramp-Karrenbauer, pediu uma reforma da política de migração, mas sublinhou que combater a migração na sua origem, proteger as fronteiras externas da Europa e absorver requerentes de asilo são papéis que devem ser partilhados de forma justa.

“No futuro, a UE deve estar representada com um assento permanente comum no Departamento de Segurança das Nações Unidas”, referiu a líder da CDU.

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