Empresas portuguesas acima da média europeia a ajustar o local de trabalho às diferentes necessidades das pessoas

Nos inquéritos mundiais feitos pela Top Employers, que impactam 30 mil milhões de pessoas, uma das perguntas feitas é se as empresas ajustam o local de trabalho às diferentes necessidades das pessoas que têm nas suas fileiras. Na Europa, 28% respondeu afirmativamente e em Portugal essa percentagem foi de 33%, revelou esta quarta-feira Rebecca Lundin, Client Success Advisor do Top Employers Institute, na conferência Top Employers 2025,

“É uma percentagem que tende a crescer”, salientou a oradora da Conferência anual Top Employers. Rebecca Lundin usou o exemplo de Bill Gates para explicar que a neurodiversidade é o grande desafio (e a grande oportunidade) das empresas atuais.

Organizado pelo Jornal Económico e a revista Forbes Portugal em parceria com Top Employers Institute, a sessão de abertura do encontro, que decorreu esta quarta-feira, no ISEG, em Lisboa, esteva cargo de José Carlos Lourenço, CEO da Media9, detentora destas publicações, Marisa Martins, Regional Account Manager do Top Employers Institute.

José Carlos Lourenço abordou de forma resumida alguns desafios que se colocam às empresas, num contexto de permanente mudança. Salientou, nomeadamente, o “cuidado” que é preciso ter para que as organizações consigam gizar no seu plano estratégico “como tirar o melhor partido em cada momento das equipas para que estas consigam maximizar o seu retorno”.

Por seu turno, Marisa Martins explicou que a certificação de cada empresa para ascender ao Top é feita através de um processo rigoroso que destaca o compromisso com a promoção de estratégias de recursos humanos de excelência. O processo começa com uma check list de 350 políticas e práticas que as organizações indicam , tendo que apresentar evidencias de que essas práticas estão implementadas.

A responsável revelou que em 2025, a  iniciativa de referência no universo empresarial certificou 2400 empresas no global dos 125 países onde é realizada, o que representa um impacto positivo em mais de 13 milhões de colaboradores.

Em Portugal, em 2025 foram 48 as empresas certificadas.

“Há um propósito que liga o Top Employer no mundo”, salientou Marisa Martins, justificando: “Juntos queremos impactar o mundo do trabalho e torná-lo cada vez melhor”.