Hoje é o dia D para o futuro da EDP. A liderança executiva da EDP apresenta esta segunda-feira, 11 de março, o plano estratégico da companhia para os próximos quatros anos aos seus maiores acionistas, o que inclui a China Three Gorges (que detém 23,27% do capital da companhia).
A apresentação do novo plano vai ter lugar em plena oferta pública de aquisição (OPA) lançada precisamente pela CTG em maio de 2018 e que tem feito poucos avanços a nível regulatório, contando apenas com uma autorização até ao momento, do regulador brasileiro CADE, entre as mais de 15 que precisa de obter. Uma das autorizações mais difíceis de obter é a do norte-americano CFIUS, cuja aprovação ou rejeição da operação nos EUA poderá passar pelo presidente Donald Trump, conforme avançou o JE a 8 de março.
O plano vai ser apresentado amanhã, 12 de março, em Londres a investidores, analistas e a imprensa. A apresentação vai ficar a cargo do presidente executivo António Mexia e do administrador financeiro Miguel Stilwell de Andrade.
Os estatutos da EDP são claros sobre esta hierarquia de autorizações. “A aprovação do plano estratégico da sociedade” será sujeito a “parecer prévio favorável do conselho geral e de supervisão”. O regulamento interno do CGS também decreta que no “âmbito das suas competências” depende de “parecer prévio favorável do CGS” o “plano estratégico da sociedade”, como escreveu o JE a 8 de março.
O CGS conta com 20 membros atualmente, sendo composto pelos principais acionistas (10 membros), mas também por membros independentes (10). Entre os 10 membros nomeados por acionistas, cinco membros representam a China Three Gorges. Já o BCP, Sonatrach, Senfora, DRAURSA e Masaveu contam com um membro cada um.
O desenho do plano estratégico fica a cargo do conselho de administração executivo (CAE), presidido por António Mexia, que conta com mais oito membros. Depois de aprovado pelo CAE, o plano estratégico será submetido à aprovação do Conselho Geral de Supervisão (CGS), que conta com 20 membros e onde se sentam os maiores acionistas da EDP. Habitualmente, o presidente da mesa da assembleia-geral de acionistas também integra o CGS, mas o cargo não foi ocupado desde que António Vitorino saiu para as Nações Unidas.
“Os órgãos sociais da EDP, Conselho de Administração Executivo (CAE) e Conselho Geral de Supervisão (CGS), reunirão no dia 11 de Março para discutir e deliberar sobre o conteúdo do Strategic Update [atualização do plano estratégico] para o período 2019-2022, a ser apresentado ao mercado no dia 12 de Março”, segundo o comunicado divulgado pela EDP no domingo, 10 de março.
A EDP levantou um pouco do véu do que será o plano estratégico da companhia até 2022. “A proposta que o CAE s ubmeterá ao CGS contempla, em termos genéricos, quer um reforço do investimento em renováveis quer um plano de alienação de activos”.
Para mais detalhe, será preciso esperar pela apresentação ao mercado da atualização do plano estratégico, que vai ter lugar amanhã de manhã, a partir de Londres, com António Mexia a comandar as hostes.
https://jornaleconomico.pt/noticias/edp-board-vai-propor-reforco-do-investimento-em-renovaveis-e-plano-para-vender-ativos-420403
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