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Grupo EDP tomba e PSI contraria subidas europeias

A bolsa de Lisboa está a registar leves perdas no meio da primeira sessão da semana, com as cotadas do grupo EDP a registarem as descidas mais expressivas. No ‘verde’, a Galp sobe 2%.
3 Março 2025, 12h33

A bolsa de Lisboa está a contrariar o sentimento positivo que se vive entre a maioria das praças europeias, a meio da sessão desta segunda-feira. No exterior, a subida está em destaque, em virtude da incerteza sobre as negociações para a paz na Ucrânia.

O índice PSI recua 0,26% e fica-se pelos 6.782 pontos, castigado sobretudo pelo grupo EDP.

Em causa estão desvalorizações da EDP Renováveis, em 2,39% para 8,38 euros por ação, ao passo que a EDP está a contrair 1,48% até aos 3,064 euros. Seguidamente, a Jerónimo Martins perdeu 0,87% e ficou-se pelos 20,58 euros, ao passo que a BCP caiu 0,71% para 0,5328 euros.

Em sentido contrário, destacou-se um salto de 2,04% na Galp, com as ações a alcançarem os 16,22 euros. A Corticeira Amorim somou 0,85% e alcançou os 8,27 euros.

Entre os mais importantes índices europeus, sobressai uma subida de 1,37% na Alemanha, potenciada por ganhos de 11,62% nas ações da Rheinmetall. Especializada no setor da defesa, a cotação de mercado da empresa beneficia das incertezas a respeito do conflito entre Rússia e Ucrânia.

Seguem-se subidas de 0,77% em França, 0,58% no Reino Unido, 0,42% em Itália e 0,06% em Espanha, ao mesmo tempo que o índice agregado Euro Stoxx 50 subiu 0,60%.

De acordo com a análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking, “os principais índices europeus prolongam a tendência positiva da abertura, com o DAX a liderar a tendência, impulsionado pelas empresas de Defesa, como a Rheinmetall”, pode ler-se.

Nos futuros, o Brent sobe 0,30% e alcança os 73,03 dólares por barril, ao mesmo tempo que o crude avança 0,23% para 69,92 dólares por barril. No mercado cambial, o euro avança 0,73% face ao dólar, pelo que um euro equivale agora a 1,0451 dólares.

“A impulsionar o setor estão as maiores tensões no plano geopolítico, com vários líderes europeus a anunciarem apoio contínuo a Kiev na sequência da reunião entre o presidente da Ucrânia e o seu homólogo norte-americano na passada sexta-feira”, esclarecem os analistas. Recorde-se que “Trump acusou Zelensky de ‘desrespeito’ e ‘ingratidão’, levando o líder ucraniano a abandonar Washington sem assinar o acordo para a exploração de recursos minerais em solo ucraniano”, assinala-se.

“Outras cotadas como Dassault Aviation, Thales e Leonardo são outras das empresas de destaque. Empresas do setor de recursos naturais seguem também em alta, depois do bom dado de atividade industrial na China, que acelerou acima do esperado em fevereiro”, aponta-se.

“Por fim, mas não menos importante, de destacar também o tecnológico, que recupera depois da correção de quase 5% na semana passada”, recorda-se na mesma análise.

“Em Portugal, o índice nacional contraria os congéneres, condicionado pelas desvalorizações do grupo EDP, que sofreram mais um corte de avaliação, seguido pelo BCP”, acrescenta-se.

Os mesmos analistas salientam “a leitura acima do esperado na atividade industrial da zona euro, em fevereiro, embora ainda em território de contração”, assinalam ainda os analistas.

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