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Concessão de novo crédito para habitação interrompe ciclo de subidas em janeiro, diz Banco de Portugal

A descida dos empréstimos para compra de habitação tem sido habitual desde que o Banco de Portugal (BdP) disponibiliza estes dados (2002), mas ainda assim, trata-se do valor mais elevado registado em janeiro desde 2010.
Cristina Bernardo
12 Março 2019, 20h16

Os empréstimos concedidos pelos bancos a particulares para a compra de casa baixaram em janeiro, para os 747 milhões de euros, interrompendo um ciclo de subidas iniciado em setembro, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal.

A descida dos empréstimos para compra de habitação tem sido habitual desde que o Banco de Portugal (BdP) disponibiliza estes dados (2002), mas ainda assim, trata-se do valor mais elevado registado em janeiro desde 2010.

Em julho entraram em vigor as novas regras do BdP que criam restrições à concessão de novos créditos à habitação e ao consumo, estabelecendo, por exemplo, que as famílias apenas podem gastar metade do seu rendimento com empréstimos bancários.

Apesar de não serem de cumprimento obrigatório, os bancos que não cumprirem as novas regras têm de explicar ao supervisor porque não o fizeram.h

O governador do BdP, Carlos Costa, também avisou em maio de 2018, no parlamento, que se os bancos não respeitarem as regras poderão passar de recomendações a ordens vinculativas.

De acordo com dados também hoje divulgados, em janeiro, a taxa de juro média dos novos empréstimos concedidos a sociedades não financeiras foi de 2,43% (2,46% em dezembro).

A descida da taxa média verificou-se no escalão de operações acima de 1,0 milhão de euros, fixando-se em 1,94%.

Nas novas operações de crédito a particulares para habitação, a taxa de juro média diminuiu um ponto base, para 1,40%.

No crédito ao consumo e para outros fins, as taxas de juro médias foram, respetivamente, de 7,30% e 4,40%.

Os volumes de novas operações para consumo e outros fins totalizaram os 338 e 133 milhões de euros, respetivamente, o que compara com os foram emprestados um mês antes, 396 milhões de euros e 182 milhões de euros.

Relativamente aos depósitos, em janeiro de 2019, a taxa de juro média dos novos depósitos até um ano de sociedades não financeiras fixou-se em 0,12%, mais dois pontos base do que no mês anterior.

Nos particulares, o valor médio da taxa de juro dos novos depósitos até um ano manteve-se inalterado face a dezembro, em 0,14%.

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